terça-feira, 3 de julho de 2012

Alfonso VIII de Castela / Alfonso VIII de Castilla



Em português:

Quando desta maneira pôs aos seus a salvo, o rei dom Alfonso (VIII) chamou aparte,  outro dia, aos des Aragão, aos portugueses, aos galegos e aos asturianos;  todos chegaram até ele e lhes disse:

“Amigos, todos nós somos espanhóis, e os moros entraram em nossa terra pela força  e nos a conquistaram, e os cristãos nessa ocasião estiveram  ponto de ser exilados e expulsados dela”.

José Miguel Carrión Gutiérrez: “Conociendo a Alfonso X El Sabio”, página 128.


En castellano:

Cuando de esta manera puso a los suyos a salvo, el rey don Alfonso (VIII) llamó aparte, otro día, a los de Aragón, a los portugueses, a los gallegos y a los asturianos;  todos llegaron hasta él y les dijo:

“Amigos, todos nosotros somos españoles, y los moros han entrado en nuestra tierra por la fuerza y nos la han conquistado, y los cristianos en esa ocasión estuvieron  punto de ser exiliados y expulsados de ella”.

José Miguel Carrión Gutiérrez: “Conociendo a Alfonso X El Sabio”, página 128.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Que é Espanha? / ¿Qué es España?


En castellano:

http://elprincipatdecatalunya.blogspot.com/2011/06/que-es-espana.html

Em português:

O NOSSO NOME ORIGINAL

"Hispânia" prove do fenicio i-span-ya (fenicio <איספני>), um termo latinizado pelos romanos e cujo uso está documentado desde o segundo milénio dantes de Cristo, em inscrições ugaríticas. (1)

O significado da palavra Hispânia é “ilha onde se batem metais”. A “i” tanto em hebreu como em fenicio, significaria “ilha” ou “costa”; “Span” da raiz spy significaria “revestir de placas de metal”. A terminação “ya” explicar-se-ia como terminação de nome de ofício, documentado em ugarítico. (2)

Os fenicios foram os primeiros em batizar-nos e constituíram a primeira civilização não ibéria que chegou à península para expandir o seu comércio e que fundou cidades como Cádis, Málaga ou Ibiza, entre outras.


ROMA

Com Roma Espanha atinge a sua primeira fórmula de unidade, cultural e histórica, e política, como província do Império.

A dominación romana em Hispânia durou mais de seis séculos; embora na zona cántabra foi de dois séculos menos, toda Hispânia ficou profundamente romanizada; a língua, a cultura, as leis, os costumes, a religião de Roma impuseram-se tão profundamente, que as suas impressões ainda perduran. (3)

O termo Hispânia além de aludir a um determinado território, isto é, à península e as suas terras adjacentes (Ilhas Baleares), fazia referência aos seus habitantes, bem como também se mencionava com essa expressão a uma série de costumes, mais ou menos similares, que desenvolviam os pobladores dessas terras, aos que se chamava com o sugestivo termo de hispani. (4)

Como nos explica Luis Suárez Fernández os hispani “seguiam sendo considerados como uma comunidade bem definida dentro do variado conjunto mediterrâneo”. (5)


CAÍDA DE ROMA, ESPANHA COMO REINO INDEPENDENTE

Com a queda de Roma Espanha passa a ser um Estado independente, um Reino, o Reino visigodo espanhol.

No ano 475, Eurico recebe uma espécie de investidura romana para o conjunto de Hispânia, de mãos do penúltimo imperador de Roma, convertendo-se no primeiro rei de Espanha. (6) Espanha, por tanto, adquire a primeira fórmula da sua unidade histórica de forma independente (depois da unidade romana) de mãos de uma Roma agonizante.

Os visigodos, a diferença dos francos, os germanos, os anglos, os saxões, os borgonheses e os lombardos, nunca substituíram o nome latino do seu território por um próprio, chamando ao seu reino Hispânia. Nas postimarías do período visigodo o termo Hispânia se abreviava em ocasiões até converter-se em Spania e os seus reis eram às vezes denominados “reges Spaniae”. (7)

Os godos assimilam a língua, a cultura, os costumes e a religião dos hispanos e, baixo as ruínas da Hispânia romana, fundam a Hispânia goda.


A ESPANHA VISIGODA

O Reino visigodo espanhol passou por várias fases onde atingiu a unidade cultural, religiosa, territorial e jurídico-política que converteram ao Reino visigodo em uma nação.

Unidade cultural: os visigodos, apesar de ser um dos povos bárbaros mais romanizados, encontraram em Hispânia uma sociedade totalmente romanizada (na sua imensa maioria) o que fez com que adotassem a cultura e tradições dos hispanos, incluída a língua latina.

E como grande representante da cultura espanhola do Reino visigodo temos a Santo Isidoro de Sevilha, que foi o grande polígrafo ocidental da sua época e realmente o erudito espanhol mais influente de todos os tempos. Santo Isidoro referia-se ao Reino visigodo denominando-o “Pátria” de “os povos de toda Espanha”. (8)

Para o historiador Jacques Fontaine isto constituiu “a gênesis da ideologia hispano-gótica”, gerando “uma espécie de nacionalismo cultural”. (9)

Este nacionalismo cultural podemo-lo encontrar nas Etimologías de Santo Isidoro de Sevilha, escritas em plena maturidade, entre o 627 e o 630, nas que podemos encontrar a sua "De Laude Spaniae", ferviente demonstração do seu sentimento nacional por Espanha:

"De todas as terras, quantas há desde Occidente até a Índia, tu és a mais formosa, oh sacra Espanha, mãe sempre feliz de príncipes e de povos! Bem se te pode chamar rainha de todas as províncias....; a tua honra e ornamento do mundo, a mais ilustre porção da terra, em quem a gloriosa fecundidade da raça goda recrear-se e floresce. Natura mostrou-se pródiga em enriquecer-te; tu, exuberante em frutas, enchida de videiras, alegre em messes..., tu abundas de tudo, assentada deliciosamente nos climas do mundo, nem torrada pelos ardores do sol, nem arrefecida por glacial inclemência... Tu vences ao Alfeu em cavalos, e ao Clitunno em gados; não invejas os soutos e os pastos de Etruria, nem os bosques de Arcádia...
Rica também em filhos, produzes os príncipes imperantes, ao mesmo tempo que o púrpura e as pedras preciosas para os enfeitar. Com razão cobiçou-te Roma, cabeça das gentes, e embora te desposo a vencedora fortaleza Romulea, depois o florescessem povo godo, depois de vitoriosas peregrinações por outras partes da órbita, a ti amou, a ti raptou, e te goza agora com segura felicidade, entre a pompa régia e o fausto do Império".

Para Menéndez Pidal este louvor a Espanha “é o canto auroral da calhandra que acompanha aos desposórios de Espanha com o povo godo e anuncia a chegada da nova nação”. (10)

Santo Isidoro escreveu isto muitos séculos antes de que existissem Castela, Aragão, Catalunha, Valência, Portugal... Espanha era, em pleno século VII, a Pátria, a Nação, dos hispanos.

Unidade religiosa: o 8 de maio de 589 no III Concilio de Toledo Recaredo ratifica a sua conversão ao catolicismo. Para o professor Teodoro González esta conversão “é o ato fundamental do reinado de Recaredo, e para mim, o mais importante de toda a história de Espanha pelos seus envolvimentos políticos e religiosas. Punham-se com ele os alicerces de uma nova nacionalidade espanhola, ao conseguir a unidade religiosa e política do povo invasor e dos habitantes hispano-romanos da Espanha visigoda. Então adquirem todos os habitantes de Espanha a convicção de que formam um povo, uma nação, se eliminando, ademais, os obstáculos que pudessem existir para chegar à fusão de raças”. (11)

Os visigodos presidiram uma cultura religiosa enormemente desenvolvida para a época e começaram a formar um tipo especial de ideologia e de identidade regia, de maneira que em verdadeiro momento do século VII a monarquia visigoda representava um modelo político e religioso tão desenvolvido como outros que se podiam encontrar em Occidente. (12)

Unidade territorial: os visigodos lutam por expulsar do seu reino aos demais povos assentados nele e recuperar assim a unidade territorial romana.
Leovigildo no ano 585 vence definitivamente aos suevos, convertendo-se no grande restaurador da unidade de Espanha.
Unidade que consumou o rei visigodo Suíntila no 624 ao expulsar definitivamente aos bizantinos.

O Reino visigodo espanhol era um território definido com precisão, em realidade, o primeiro Estado cristão e europeu em contar com uma exata definição geográfica. Nenhum dos seus contemporâneos a teve, nem doutrinal nem territorial. (13)

Unidade jurídico-política: a unidade católica, rubricada com a unidade territorial, atingia a sua zénite com a unidade jurídica quando no 654 Recesvinto promulgó o “Liber Iudiciorum” ou “Fuero Juzgo” (nome com o que foi traduzido em tempos de Fernando III de Castela).

O código compreendia doze volumes que tratavam de forma sistémica as aspectos legislativas do Reino. A partir desse momento tanto godos como hispanos reger-se-iam pelas mesmas leis.
Por fim a população hispana e goda via culminar o processo da unificação populacional. (14)

A primeira pedra, dessa unidade populacional, pô-la Leovigildo com a sua “Codex Revisus”, em 573, suprimindo a odiada lei que proibia os casamentos mistos, entre hispanos e godos, feito com que produziu a unidade étnica dos dois povos que fez desaparecer as palavras “gothi” e “romani”, substituídas agora por “hispani”. (15)

O IV concilio de Toledo, celebrado em dezembro de 633, aludia ao conjunto da população, considerando-a parte de uma única “gens et pátria” (povo e pátria). (16)

O “Fuero Juzgo” foi o código jurídico mais extenso da sua época, relativamente o mais complexo, e durante uns seis séculos foi seguido de diversas maneiras em todos os estados hispânicos, sem exceção. (17)

Como vimos o mito de que Espanha nasce com os Reis Católicos é completamente banido.

Um cronista da época, Mosén Diego de Valera, dirigiu-se a Fernando o Católico indicando-lhe o seguinte:

“es profetizado de muchos siglos acá que no solamente seréis señor de estos reinos de Castilla y Aragón, que por todo derecho vos pertenecen, más avréis la monarchía de todas las Españas e rreformaréis la silla ymperial de la ínclita sangre de los godos donde venís”. (18)

Claro exemplo de que o novo Estado criado com a união de Castila e Aragão era a recuperação, ainda inacabada (faltavam Navarra, Granada e Portugal), do antigo Estado visigodo.


A PERDA DE ESPANHA

O 19 de julho do ano 711, nas margens do Guadalete, as tropas árabes e bereberes de Tárique derrotam completamente ao exército visigodo do rei Rodrigo, vítima da traição dos filhos de Vitiza e os seus allegados.
Houve uma segunda batalha em Écija, onde já não se repetiu a traição do Guadalete e os invasores sofreram uma grande mortandad, mas ganharam a batalha.
Tárique avançou como uma seta até a capital do Reino, Toledo, onde defraudo aos vitizanos, que esperavam a entronização de um dos seus. Tárique, que conquistou Toledo com a eficaz cooperação dos judeus, desprezou aos traidores e assumiu o Reino de Espanha em nome do califa de Damasco. Era o dia de San Martín, 11 de novembro de 711, data que marca a perda de Espanha. (19)

Na Crônica Moçárabe do ano 754 podemos ler como “Rodrigo perdeu miseravelmente, além do seu poder, a sua pátria”. (20)


RECONQUISTA

Com a Reconquista pretendia-se recuperar a “Espanha perdida” (21), o Reino visigodo espanhol, por isso os primeiros reis hispanos são nobres visigodos, que baseiam a sua legitimidade nessa ascendência. (22)
Inclusive entre os moçárabes (cristãos em território muçulmano) sentia-se falta aquela “Espanha perdida” no trágico ano 711, como comprovámos na citada Crônica Moçárabe.
A ideia da reunificação hispânica esteve sempre latente durante toda a Reconquista, e todos os reinos cristãos tinham esse objetivo, como se demonstra nos textos históricos. (22)

Os francos diferenciavam os territórios de Espanha do resto das suas haveres e davam à parte cristã de Espanha, que deles dependia, umas leis próprias e diferentes ao resto de territórios. A Espanha consideravam-na uma unidade política e jurídica diferente a qualquer dos seus outros territórios. Carlos Magno e os seus imediatos sucessores criaram um regime especial, de privilégio, o chamado “regime dos hispanos”. (23)
O território hispano conquistado aos árabes pelos francos foi chamado com o significativo nome de Marca Hispânica (origem de Catalunha).


O CONCEITO DE ESPANHA

Todas as variantes do termo Hispânia, tanto latinas (Spaniae, Spania…) como em língua romance (España, Espanya, Espanha…) significam o mesmo e fazem alusão a toda a nossa península (e as suas terras adjacentes, as Ilhas Baleares).
O conceito do termo Espanha começa a desvirtuar com a união das coroas de Castela e Aragão.
Com a unidade das duas Coroas muitos, desde o estrangeiro (24), começam a chamar “reis de Espanha” aos Reis Católicos, título que recusam por não ser reis de Navarra e Portugal.

“... Isabel e Fernando (os Reis Católicos), quem recusam a titulação de “reis de Espanha” proposta pelo Conselho Real uma vez reunida a maior parte da península, porque sem Navarra e Portugal estava incompleta”. (25)

Mas muitos já lhes chamam reis de Espanha, com as conseguintes protestos dos reis portugueses, (26) e assim chamarão aos seus sucessores. A mudança de dinastia (a uma dinastia estrangeira, os Áustrias) e o giro dos interesses políticos para o Império farão o resto.

Até o século XVIII os mesmos portugueses denominam-se a eles mesmos espanhóis. Assim chama aos portugueses o também português Luis de Camões, o poeta mais importante da história em língua portuguesa, que os define como:

"Uma gente fortíssima de Espanha". (27)

Para mais informação: http://portugalhispanico.blogspot.com/

Esta identificação do termo Espanha com a união de Castela e Aragão (e mais tarde Navarra) fará com que os portugueses, para se diferenciar do outro Estado peninsular, parar de chamar espanhóis, e com isso perdem grande parte da sua identidade, e o termo Espanha fique, irremediavelmente (ou quiçá não…), desvirtuado.


NOTAS:

(1) Mª Cruz Fernández Castro: “La península ibérica en época prerromana”, no capítulo “Los inmigrantes fenicios”, página 40.

(2) Jesús Luis Cunchillos: “Nueva etimología de la palabra Hispania”, Actas del IV Congreso Internacional de Estudios Fenicios y Púnicos, Vol. I, Cádiz 2000, páginas 217-225.

(3) Marcelo Capdeferro: “Otra historia de Cataluña”, página 20.

(4) Julio Valdeón Baruque: “La Reconquista”, página 24.

(5) Luis Suárez Fernández: “Hispania: los fundamentos de la Nación española”, na Real Academia de la Historia, España como nación, página 21.

(6) Ricardo de la Cierva: “Historia total de España”, páginas 125 e 126.

(7) Stanley G. Payne: “España, una historia única”, página 81.

(8) Jacques Fontaine: “Isidoro de Sevilla”, página 284.

(9) Jacques Fontaine: “Culture et spiritualité en Espagne du IV au VII siècle”, página 38.

(10) Ramón Menéndez Pidal: “España y su historia”, Vol. I, página 213.

(11) Ricardo García Villoslada, Manuel Sotomayor, Teodoro González García, Pablo López de Osaba: “Historia de la Iglesia en España: La Iglesia en la España romana y visigoda siglos I-VIII”.

(12) Stanley G. Payne: “España, una historia única”, página 82.

(13) Stanley G. Payne: “España, una historia única”, página 81.

(14) Juan Antonio Cebrián: “La aventura de los godos”, página 187.

(15) Vicente Ángel Álvarez Palenzuela (Coord.): “Historia de España de la Edad Media”, página 49.

(16) Gonzalo Martínez Díez y Félix Rodríguez Barbero: “La Colección Canónica Hispana”, Vol. V, páginas 248-253.

(17) Stanley G. Payne: “España, una historia única”, página 79.

(18) Julio Valdeón Baruque: “La Reconquista”, página 174.

(19) Ricardo de la Cierva: “Historia total de España”, páginas 150 e 151.

(20) John V. Tolan: “Sarracenos”, página 111.

(21) Jesús Laínz: “Adiós, España”, página 82: O lamento pela Espanha perdida em Guadalete, já encontrável na Crônica Moçárabe do ano 754, foi compartilhado por todos os peninsulares, de uma ponta à outra. O navarro Rodrigo Jiménez de Rada (1170-1247) escreveu: “Ai dor! (…) este reino tão notável, tão distinto, blandida contra si mesmo a própria espada (…) se derrubou nos prolegómenos de um só ataque. E foram conquistadas todas as cidades de Espanha”.

(22) Luis Íñigo Fernández: “España: historia de una nación inacabada”, página 134: Os textos pioneiros daquela rudimentar historiografia medieval, que datam de fins do século IX, a “Crônica Albeldense” e a “Crônica de Alfonso III”, legitimam já aos primeiros reis sobre a base da continuidade dinástica com respeito aos seus predecessores godos; descrevem a derrota de dom Rodrigo em Guadalete como a “perda de Espanha” e definem com clareza meridiana o seu programa político: a “Hispaniae salus”, “a salvação de Espanha”.

(23) Ferran Soldevila: “Història de Catalunya”, página 37.

(24) Julio Valdeón Baruque: “La Reconquista”, página 177: Muito significativo foi o que disse o conhecido humanista italiano Pedro Mártir de Anglería, quem terminou assentando-se em terras hispanas: “Reis de Espanha chamamos a Fernando e Isabel porque possuem o corpo de Espanha; e não obsta, para que não os chamemos assim, o que falta deste corpo dois deditos, como são Navarra e Portugal”.

(25) Fernando García de Cortázar y José Manuel González Vesga: "Breve Historia de España", página 29.

(26) Stanley G. Payne: “España, una historia única”, página 166: “Fernando (o Católico), por exemplo, falou da Coroa de Espanha durante um ato público em 1514. Nessas raras ocasiões a Coroa de Portugal nunca demorava em apresentar as suas queixas, porque a ideia de que o termo Espanha aludia a toda a Península seguia estando muito arraigada, e assim manter-se-ia até bem entrado no século XVIII”. (…) “Até onde eu sê, a última grande ocasião na que a Coroa portuguesa questionou a utilização das expressões Coroa de Espanha ou Monarquia de Espanha para aludir aos governantes de Madrid foi na época da Paz de Utrecht de 1714”.

(27) Luís de Camões: “Os Lusíada”, (1572) Canto I, estrofa XXXI.

domingo, 1 de maio de 2011

Pedro Mártir de Anglería


Em português:

Muito significativo foi o que disse o conhecido humanista italiano Pedro Mártir de Anglería, quem terminou assentando-se em terras hispanas:

“Reis de Espanha chamamos a Fernando e Isabel porque possuem o corpo de Espanha; e não obsta, para que não os chamemos assim, o que falta deste corpo dois deditos, como são Navarra e Portugal”.

Julio Valdeón Baruque: “La Reconquista, el concepto de España: unidad y diversidad” página 177


En castellano:

Muy significativo fue lo que dijo el conocido humanista italiano Pedro Mártir de Anglería, quien terminó asentándose en tierras hispanas:

“Reyes de España llamamos a Fernando e Isabel porque poseen el cuerpo de España; y no obsta, para que no los llamemos así, el que falta de este cuerpo dos dedillos, como son Navarra y Portugal”.

Julio Valdeón Baruque: “La Reconquista, el concepto de España: unidad y diversidad” página 177

segunda-feira, 14 de março de 2011

Portugal, um reino espanhol / Portugal, un reino español


Em português:

Citas do livro “Espanha, uma história única” de Stanley G. Payne (o mais importante hispanista estrangeiro), da editorial Temas de hoy.

Página 162:

“As elites de ditos reinos (Leão, Castela, Navarra e Aragão), entre eles Portugal, seguiam reconhecendo que os seus estados faziam parte de uma espécie de comunidade não só geográfica, senão inclusive político-cultural, e continuaram se considerando todas elas espanholas”.

Página 166:

“Fernando (o Católico), por exemplo, falou da Coroa de Espanha durante um ato público em 1514. Nessas raras ocasiões a coroa de Portugal nunca demorava em apresentar suas queixas, porque a ideia de que o termo Espanha aludia a toda a Península seguia estando muito arraigada, e assim manter-se-ia até bem entrado no século XVIII”.

“Até onde eu sê, a última grande ocasião na que a coroa portuguesa questionou a utilização das expressões Coroa de Espanha ou Monarquia de Espanha para aludir aos governantes de Madrid foi na época da Paz de Utrecht de 1714”.


En castellano:

Citas del libro “España, una historia única” de Stanley G. Payne (el más importante hispanista extranjero), de la editorial Temas de hoy.

Página 162:

“Las élites de dichos reinos (León, Castilla, Navarra y Aragón), entre ellos Portugal, seguían reconociendo que sus estados formaban parte de una especie de comunidad no sólo geográfica, sino incluso político-cultural, y continuaron considerándose todas ellas españolas”.

Página 166:

“Fernando (el Católico), por ejemplo, habló de la Corona de España durante un acto público en 1514. En esas raras ocasiones la corona de Portugal nunca tardaba en presentar sus quejas, porque la idea de que el término España aludía a toda la Península seguía estando muy arraigada, y así se mantendría hasta bien entrado el siglo XVIII”.

“Hasta donde yo sé, la última gran ocasión en la que la corona portuguesa cuestionó la utilización de las expresiones Corona de España o Monarquía de España para aludir a los gobernantes de Madrid fue en la época de la Paz de Utrecht de 1714”.

sábado, 4 de setembro de 2010

Península Ibérica? / ¿Península Ibérica?


Em português:

O nome de Península Ibérica é menos correto que o termo Hispânica devido a que o povo íbero, dual deriva o nome, só se assentava em uma parte da península enquanto Hispania representou a toda a península (incluída Portugal). A união das Coroas de Castela e Aragão (e mais tarde o Reino de Navarra) ficou com o nome da antiga Nação engendrada por Roma e que nasceu com o Reino Visigodo, apesar de que os Reis Católicos eram arredios a chamar à união de suas Coroas (Castela e Aragão) com o nome da Espanha, pois não eram reis de toda Espanha, já que lhes faltavam os reinos de Portugal e Navarra.

O fato de que a península Hispânica ficasse dividida em 2 Estados (Portugal e Espanha) fez que a historiografia se preocupasse de procurar outro nome a nossa península para não “ferir sensibilidades “, ainda que traindo a origem e história de Portugal.Como vemos neste mapa, que divide aos povos íberos de celtas e celtíberos, os íberos nunca se assentaram em território português, ao igual que na maior parte de Espanha, por tanto os portugueses não podem chamar-se íberos.

Apesar de seu uso estendido segue sendo muito pouco apropriado o termo da Península Ibérica. O termo mais correto e apropriado é o que denomina à península como Península Hispânica.


En castellano:

El nombre de Península Ibérica es menos correcto que el término Hispánica debido a que el pueblo íbero, del que deriva el nombre, solo se asentaba en una parte de la península mientras que Hispania representó a toda la península (incluida Portugal).

La unión de las Coronas de Castilla y Aragón (y más tarde el Reino de Navarra) se quedó con el nombre de la antigua Nación engendrada por Roma y que nació con el Reino Visigodo, a pesar de que los Reyes Católicos eran reacios a llamar a la unión de sus Coronas (Castilla y Aragón) con el nombre de España, pues no eran reyes de toda España, ya que les faltaban los reinos de Portugal y Navarra.

El hecho de que la península Hispánica quedara dividida en 2 Estados (Portugal y España) hizo que la historiografía se preocupara de buscar otro nombre a nuestra península para no “herir sensibilidades “, aunque traicionando el origen e historia de Portugal.

Como vemos en este mapa, que divide a los pueblos íberos de celtas y celtíberos, los íberos nunca se asentaron en territorio portugués, al igual que en la mayor parte de España, por tanto los portugueses no pueden llamarse íberos.

A pesar de su uso extendido sigue siendo muy poco apropiado el término de Península Ibérica. El término más correcto y apropiado es el que denomina a la península como Península Hispánica.

domingo, 2 de maio de 2010

Rodrigo Jiménez de Rada


Em português:

"Castela, Portugal, Navarra e Aragão são independentes, mas parte de um todo superior que é algo mais que a geografia ou que o eco histórico de distantes latinidades: uma comunidade de sentimentos, de interesses e de cultura. Só os que formam esses povos espanhóis têm direito a ocupar o solo peninsular; filhos do mesmo pai, cada um é dono de uma parte da herança, mas a herança deve ser somente patrimônio deles. Todo terceiro que ocupe alguma parte e que se aproprie de terra hispana é um usurpador e os quatro povos irmãos devem unir-se para expulsar-lhe dos domínios herdados".

En castellano:

"Castilla, Portugal, Navarra y Aragón son independientes, pero parte de un todo superior que es algo más que la geografía o que el eco histórico de lejanas latinidades: una comunidad de sentimientos, de intereses y de cultura. Sólo los que forman esos pueblos españoles tienen derecho a ocupar el suelo peninsular; hijos del mismo padre, cada uno es dueño de una parte de la herencia, pero la herencia debe ser solamente patrimonio de ellos. Todo tercero que ocupe alguna parte y que se apropie de tierra hispana es un usurpador y los cuatro pueblos hermanos deben unirse para expulsarle de los dominios heredados".

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Juan Vázquez de Mella Fanjul


Em português:

"Hoje é aspiração das almas mais nobles e dos entendimentos mais elevados em Portugal o chegar em formar um Império conosco, a enlaçar sua vida com a nossa não como um ato de submissão à Espanha por parte de Portugal e tratando por parte nossa de estabelecer uma dominação que qualifico de absurda, esta que eu combati e combaterei sempre, mas mantendo Portugal sua unidade e sua completa independência, mas federado conosco de pé de igualdade, com a união econômica e militar que mantêm todas as gerações."

En castellano:

"Hoy es aspiración de las almas más nobles y de los entendimientos más elevados en Portugal el llegar a formar un Imperio con nosotros, a enlazar su vida con la nuestra no como un acto de sumisión a España por parte de Portugal y tratando por parte nuestra de establecer una dominación que califico de absurda, ésta que yo he combatido y combatiré siempre, sino manteniendo Portugal su unidad y su completa independencia, pero federado con nosotros en pie de igualdad, con la unión económica y militar que mantienen todas las generaciones."

terça-feira, 2 de março de 2010

Oliveira Martins


Em português:

Quem pise Portugal e Espanha observará certamente, ou não tem olhos, uma afinidade inegável de aspecto e de caráter, um parentesco evidente entre os povos dos dois lados do Minho, do Guadiana, da Raia Seca do Leste. Se esses homens não falassem, ninguém distinguiria as duas nações, e, por outra parte, confunde já alguém um algarvés ou um alentejano puro com um puro minhoto? A História comum confunde, não separa; depois de ver que, apesar de transcorridos sete séculos, não há diferenças marcadas, a observação dos homens leva-nos a crer que, efetivamente, em Portugal faltou uma unidade de raça, sobrando pelo contrário, uma vontade enérgica ou uma capacidade notável em seus príncipes...Com um troço da Galícia, outro de Leão, outro da Espanha meridional sarracena, esses príncipes compuseram para si um estado.


Verdade que nossa independência restauróse em 1640; mas, como? Se atreverá alguém a dizer que foi uma ressurreição? Não será a História da Restauração a nova História de um país que, destruída a obra do Império Ultramarino, surge no século XVII, como o nosso aparece Bélgica para as necessidades do equilíbrio europeu? Não vivemos desde o 1641, sob o protetorado de Inglaterra? Não chegamos a ser, positivamente, uma fábrica britânica? Em suas línguas, em suas tradições, em seu caráter, o celta da Irlanda encontra sempre um ponto de apoio vivo e positivo. Quereis uma prova da diferença? Os pontos de apoio que nós buscamos morreram ou são negativos: Morto o Império Marítimo e Colonial, a Índia e toda a História que terminou com As Lusiadas em 1880; negativo o ódio a Castilla, que nem nos oprime nem nos odeia.

En castellano:

"Quien pise Portugal y España observará ciertamente, o no tiene ojos, una afinidad innegable de aspecto y de carácter, un parentesco evidente entre los pueblos de los dos lados del Miño, del Guadiana, de la Raya Seca del Este. Si esos hombres no hablasen, nadie distinguiría las dos naciones, y, por otra parte, ¿confunde ya alguien un algarvés o un alentejano puro con un puro minense? La Historia común confunde, no separa; después de ver que, a pesar de transcurridos siete siglos, no hay diferencias marcadas, la observación de los hombres llévanos a creer que, en efecto, en Portugal faltó una unidad de raza, sobrando por el contrario, una voluntad enérgica o una capacidad notable en sus príncipes...Con un trozo de Galicia, otro de León, otro de la España meridional sarracena, esos príncipes compusieron para sí un estado.

Verdad que nuestra independencia restauróse en 1640; pero, ¿cómo? ¿Se atreverá alguien a decir que fue una resurrección? ¿No será la Historia de la Restauración la nueva Historia de un país que, destruida la obra del Imperio Ultramarino, surge en el siglo XVII, como el nuestro aparece Bélgica para las necesidades del equilibrio europeo? ¿No vivimos desde el 1641, bajo el protectorado de Inglaterra? ¿No hemos llegado a ser, positivamente, una factoría británica?

En sus lenguas, en sus tradiciones, en su carácter, el celta de Irlanda encuentra siempre un punto de apoyo vivo y positivo. ¿Queréis una prueba de la diferencia? Los puntos de apoyo que nosotros buscamos han muerto o son negativos: Muerto el Imperio Marítimo y Colonial, la India y toda la Historia que terminó con As Lusiadas en 1880; negativo el odio a Castilla, que ni nos oprime ni nos odia."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O significado da palavra Espanha / El significado de la palabra España


Em português:

Para começar, temos o Dicionário latino-espanhol, que foi publicado em Burgos em 1512, e que foi uma atualização do de Elio Antonio de Nebrija. Porei aqui o que define por "Espanha" e "Espanhola coisa":

Espanha region de europa. hispania
Espanha esta mesma. iberia • hesperia
Espanhola coisa de españa. hispanus -a -um
Espanhola coisa assi. hesperius -a -um • iber -a -um
Espanhola coisa fora de españa. hispaniensis -e
Espanhola coisa de fora em españa. hispaniensis

Depois, seguindo com um linguista português, temos o Dictionarium Latino Lusitanicum et Vice-versa Lusitanico Latinum de Jerónimo Cardoso, publicado o 1570. Este nos define "Espanhol" e "Espanhola cousa":

Espanhol. Hispanus, i. Iber, eri
Espanhola cousa. Hispanicus, a, um

Não nos movemos de Portugal, e esta vez o que porei é uma citação de Duarte Nunes do Liou, que em seu livro Origem dá Lingua Portuguesa (1606), deixa-nos claro que o português é uma das línguas espanholas:

"De duas vozes destas s. da impessoal e passiua carece a lingua portuguesa, como as outras Hespanhoes, Italiana e Francesa." (p. 304)

E outra citação, agora de Alvaro Ferreira de Vera (Orthographia, 1631), que no capítulo que dedica aos primeiros pobladores da Península Ibérica, deixa-nos algo tão esclarecedor como isto:

"E povoandose Portugal e toda Hespanha desta gente, a lingua que failavão era Hespanhola, no que concordao muitos" (f. 82)

Pois bem, isto é o que tínhamos nessa época, mas claro, as coisas mudaram, e se vamos ao 1712, temos a um português (de sobrenome francês) que equipara "espanhol" e "castelhano", algo que para nada é novo nestas coordenadas, mas que igualmente não deixa de ser um erro. A citação a podeis encontrar no livro Vocabulário Portuguez e Latino (1712), escrito por Rafael Bluteau:

"Castelhano. Natural de Castella, (Assim costumamos chamar qual quer Espanhol, que não he portuguez) porque Castella, he o Reyno, em que reside a Corte dos Espanhoes, que não são Portuguezes"

Na citação fica bem claro como fala dos portugueses como espanhóis, e que a corte dos espanhóis que não são portugueses está em Castilla.

Os portugueses se reconheciam como o que são, espanhóis, mas é verdade que depois de anos de equiparações (já fora desde a Península Hispânica ou desde o resto de Europa) de "Espanha" com a união de Castilla-Aragão-Navarra, eles mesmos começaram a desprender-se do termo "espanhol", mas não por vontade própria, senão porquê não lhes ficava mais remédio.

En castellano:

Para empezar, tenemos el Diccionario latino-español, que fue publicado en Burgos en 1512, y que fue una actualización del de Elio Antonio de Nebrija. Pondré aqui lo que define por "España" y "Española cosa":

España region de europa. hispania
España esta mesma. iberia • hesperia
Española cosa de españa. hispanus -a -um
Española cosa assi. hesperius -a -um • iber -a -um
Española cosa fuera de españa. hispaniensis -e
Española cosa de fuera en españa. hispaniensis

Luego, siguiendo con un lingüista portugués, tenemos el Dictionarium Latino Lusitanicum et Viceversa Lusitanico Latinum de Jerónimo Cardoso, publicado el 1570. Este nos define "Espanhol" y "Espanhola cousa":

Espanhol. Hispanus, i. Iber, eri
Espanhola cousa. Hispanicus, a, um

No nos movemos de Portugal, y esta vez lo que pondré es una cita de Duarte Nunes do Lião, que en su libro Origem da Lingua Portuguesa (1606), nos deja claro que el portugués es una de las lenguas españolas:

"De dos voces de estas s. de la impersonal y pasiva carece la lengua portuguesa, como las otras Españolas, Italiana y Francesa." (p. 304)

Y otra cita, ahora de Alvaro Ferreira de Vera (Orthographia, 1631), que en el capítulo que dedica a los primeros pobladores de la Península Ibérica, nos deja algo tan esclarecedor como esto:

"E povoandose Portugal e toda Hespanha desta gente, a lingua que failavão era Hespanhola, no que concordao muitos" (f. 82)

Pues bien, esto es lo que teníamos en esa época, pero claro, las cosas cambiaron, y si vamos al 1712, tenemos a un portugués (de apellido francés) que equipara "español" y "castellano", algo que para nada es nuevo en estas coordenadas, pero que igualmente no deja de ser un error. La cita la podéis encontrar en el libro Vocabulario Portuguez e Latino (1712), escrito por Rafael Bluteau:

"Castellano. Natural de Castilla, (Así solemos llamar cual quiere Español, que no es portuguez) porque Castilla, es el Reyno, en que reside la Corte de los Españoles, que no son Portugueses"

En la cita queda bien claro como habla de los portugueses como españoles, y que la corte de los españoles que no son portugueses está en Castilla.

Los portugueses se reconocían como lo que son, españoles, pero es verdad que tras años de equiparaciones (ya fuera desde la Península Hispánica o desde el resto de Europa) de "España" con la unión de Castilla-Aragón-Navarra, ellos mismos comenzaron a desprenderse del término "español", pero no por voluntad propia, sino porqué no les quedaba más remedio.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Primaz das Espanhas / Primado de las Españas


Em português:

Primaz das Espanhas é um título honorífico pertencente ao Arcebispo de Braga que, deste modo, se designa Arcebispo Primaz de Braga. Este título é outorgado ao Prelado de Braga por esta ser a Diocese mais antiga de Portugal. A Sé de Braga passou de Diocese a Arquidiocese, tendo recebido posteriormente o título Primacial.

Existiu uma disputa histórica pela posse do título de Primaz das Espanhas estre os Arcebispos de Braga, Toledo e Tarragona. Ainda hoje o título de Primaz das Espanhas é usado pelo Arcebispo de Braga, Toledo e Tarragona.

Por intermédio do título de Primaz das Espanhas o Arcebispo de Braga deteve, desde a fundação de Portugal, precedência sobre todos os Bispos de Portugal, facto que ainda hoje se mantém, com excepção do Patriarca de Lisboa que, desde 1716, se encontra honorificamente acima do próprio Prelado de Braga.

O arcebispo de Braga e primaz das Espanhas investido doutor “Honoris Causa”: http://aleph.fam.ulusiada.pt/share/repositorio/Recortes/Rw-2009/0522-1.pdf

En castellano:

Primado de las Españas es un título honorífico perteneciente al Arzobispo de Braga que, asimismo, se designa Arzobispo Primado de Braga. Este título es otorgado al Prelado de Braga por esta ser la Diócesis más antigua de Portugal. La Sede de Braga pasó de Diócesis la Archidiócesis, teniendo recibido posteriormente el título de Primado.

Existió una disputa histórica por la posesión del título de Primado de las Españas entre los Arzobispos de Braga, Toledo y Tarragona. Todavía hoy el título de Primado de las Españas es usado por los Arzobispos de Braga, Toledo y Tarragona.

Por intermedio del título de Primado de las Españas el Arzobispo de Braga tuvo, desde la fundación de Portugal, precedencia sobre todos los Obispos de Portugal, hecho que todavía hoy se mantiene, con excepción del Patriarca de Lisboa que, desde 1716, se encuentra honoríficamente por encima del propio Prelado de Braga.

El arzobispo de Braga y primado de las Españas investido doctor “Honoris Causa”:
http://aleph.fam.ulusiada.pt/share/repositorio/Recortes/Rw-2009/0522-1.pdf

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Reyes portugueses defendendo sua espanholidade / Reyes portugueses defendiendo su españolidad


João II de Avis

Em português:

No século XV o rei dom João II se queixava amargamente que se estivesse generalizando o costume de chamar “reyes da Espanha” aos Reis Católicos e protestou oficialmente por isso. Ele também era “um rei da Espanha”, que se achavam?

En castellano:

En el siglo XV el rey don Juan II (1455-1495) se quejaba amargamente de que se estuviese generalizando la costumbre de llamar “reyes de España” a los Reyes Católicos y protestó oficialmente por ello. Él también era “un rey de España”, ¿qué se creían?

Manuel I de Avis

Em português:

Já sabemos que, através de sua política matrimonial, um dos fins dos Reis Católicos era a harmonização política com Portugal. Mas o uso do título “Reyes da Espanha” de forma oficial podia incomodar ao vizinho lusitano, que também se considerava parte da Espanha. [Maravall] já indica este aspecto, e realiza um comentário aproxima que o rei dom Manuel I de Portugal (1469-1521) fez uma reclamação a Fernando o Católico porque este se fazia chamar “Rei da Espanha”.

Maravall Casesnoves, J. A.: O conceito da Espanha na Idade Meia. Manejamos a 4ª edição Madri, Centro de Estudos Constitucionais, 1997); a 1ª é de 1954.

En castellano:

Ya sabemos que, a través de su política matrimonial, uno de los fines de los Reyes Católicos era la armonización política con Portugal. Pero el uso del título “Reyes de España” de forma oficial podía molestar al vecino lusitano, que también se consideraba parte de España. Maravall ya indica este aspecto, y realiza un comentario acerca de que el rey don Manuel I de Portugal (1469-1521) hizo una reclamación a Fernando el Católico porque éste se hacía llamar “Rey de España”.

Maravall Casesnoves, J. A.: El concepto de España en la Edad Media. Manejamos la 4ª edición Madrid, Centro de Estudios Constitucionales, 1997); la 1ª es de 1954.

Almeida Garret


Em português:

O célebre poeta português, Almeida Garret, que ainda estando contra da unidade política entre a Espanha e Portugal, dizia bem claro que os portugueses também eram espanhóis.

«Nem uma só vez se achará em nossos escritores a palavra «espanhol» designando exclusivamente ao habitante da Península não português. Enquanto Castela esteve separada do Aragão e já muito depois que unida, nós e as demais nações da Espanha, Aragoneses, Castelhanos, Portugueses, todos éramos, por estranhos e próprios, comumente chamados «espanhóis» assim como ainda hoje chamamos «alemão» ao Prussiano, Saxão, Hannoveriano, Austríaco: assim como o Napolitano, o Milanês, o Veneziano e o Piamontês recebem indistintamente o nome de Italianos. A perda de nossa independência política depois da jornada de Alcazarquivir, deu o título de reyes das Espanhas aos de Castela e o Aragão, título que conservaram ainda depois da gloriosa restauração de 1640. Mas espanhóis somos, de espanhóis nos devemos apreciar todos os que habitamos à Península Ibérica: Castelhanos nunca».

En castellano:

El célebre poeta portugués, Almeida Garret, que aún estando en contra de la unidad política entre España y Portugal, decía bien claro que los portugueses también eran españoles.

«Ni una sola vez se hallará en nuestros escritores la palabra «español» designando exclusivamente al habitante de la Península no portugués. Mientras Castilla estuvo separada de Aragón y ya mucho después de unida, nosotros y las demás naciones de España, Aragoneses, Castellanos, Portugueses, todos éramos, por extraños y propios, comúnmente llamados «españoles» así como aún hoy llamamos «alemán» al Prusiano, Sajón, Hannoveriano, Austríaco: así como el Napolitano, el Milanés, el Veneciano y el Piamontés reciben indistintamente el nombre de Italianos. La pérdida de nuestra independencia política después de la jornada de Alcazarquivir, dió el título de reyes de las Españas a los de Castilla y Aragón, título que conservaron aún después de la gloriosa restauración de 1640. Pero españoles somos, de españoles nos debemos preciar todos los que habitamos la Península Ibérica: Castellanos nunca».

Saavedra Fajardo


Em português:

"Não devem rejeitar os portugueses que se junte aquela Corona com a de Castela, pois dela saiu como Condado e volta a ela como Reino; e não a incorporar-se e misturar-se com ela, mas a florescer a seu lado, sem que se possa dizer que tem rei estrangeiro, mas próprio, pois não por conquista, mas por sucessão...Possuía o Reino e o governava com suas mesmas leis, estilos e linguagens, não como castelhanos, mas como portugueses. E mesmo que tinha sua residência em Madri, resplandecia vossa majestade em Lisboa. Não se viam nos escudos e selos de Portugal nem nas suas frotas e armadas o Leão e o Castelo, mas as Quinas...No se davam seus prêmios nem dignidades a estrangeiros, mas somente aos naturais, e estes gozavam também dos de Castela e toda a Monarquia, favorecidos com a grandeza, com as você encomenda e postos maiores delas, estando nas suas mãos as armas de mar e terra e o governo das províncias mais principais. O comércio era, como em todas partes, comum; também a Religião e o nome geral de espanhóis...."

En castellano:

"No deben desdeñarse los portugueses de que se junte aquella Corona con la de Castilla, pues de ella salió como Condado y vuelve a ella como Reino; y no a incorporarse y mezclarse con ella, sino a florecer a su lado, sin que se pueda decir que tiene rey extranjero, sino propio, pues no por conquista, sino por sucesión...Poseía el Reino y lo gobernaba con sus mismas leyes, estilos y lenguajes, no como castellanos, sino como portugueses. Y aunque tenía su residencia en Madrid, resplandecía su majestad en Lisboa. No se veían en los escudos y sellos de Portugal ni en sus flotas y armadas el León y el Castillo, sino las Quinas...No se daban sus premios ni dignidades a extranjeros, sino solamente a los naturales, y éstos gozaban también de los de Castilla y toda la Monarquía, favorecidos con la grandeza, con las encomiendas y puestos mayores de ellas, estando en sus manos las armas de mar y tierra y el gobierno de las provincias más principales. El comercio era, como en todas partes, común; también la Religión y el nombre general de españoles...."

Unidade da igreja espanhola / Unidad de la iglesia española


Em português:

Os embaixadores do rei Alfonso V de  Aragão , Juan de Hijar e monsenhor Berenguer Mercader, exortem a Juan II de Castela a trabalhar pela unidade da Igreja, esforço que para devem entrar em um acordo entre ambos monarcas e, além disso, com os de Navarra e Portugal, para que «axi unida tota Spanya o pur la major part» (assim unida toda a Espanha ou pelo menos a maioria), outros príncipes cristãos adiram e lhes seguiram, e desta concórdia obterão «gran merit davant Deu, gran gloria en tot lo mon, e sería gran honor de tota la naçió de Spanya» (grande mérito ante Deus, grande gloria no mundo inteiro, e seria grande honra de toda a nação da Espanha).

En castellano:

Los embajadores del rey Alfonso V de Aragón, Juan de Hijar y mosén Berenguer Mercader, exhorten a Juan II de Castilla a trabajar por la unidad de la Iglesia, esfuerzo para el que deben llegar a un acuerdo entre ambos monarcas y, asimismo, con los de Navarra y Portugal, para que «axi unida tota Spanya o pur la major part» (así unida toda España o por lo menos la mayor parte), otros príncipes cristianos se adhieran y les siguieron, y de esta concordia obtendrán «gran merit davant Deu, gran gloria en tot lo mon, e sería gran honor de tota la naçió de Spanya» (gran mérito ante Dios, gran gloria en todo el mundo, y sería gran honor de toda la nación de España).

Uma crônica de Ramón Muntaner / Una crónica de Ramón Muntaner


Em português:

Nas crônicas do catalão Ramón Muntaner de começos do 1300, que referindo-se a uma entrevista entre um monarca aragonês e castelhano, onde se discutia uma possível aliança com os reis de Mallorca e Portugal, nos deixava esta pérola:

"...si aquests quatre Reys que ell nomenava de Espanya, qui son una carn e una sang, se teguessen ensemps, poch duptare tot laltre poder del mon."

Que em português se traduz assim:

"...si estes quatro reis da Espanha que ele nomeava, que são uma carne e um sangue, se unissem, pouco deveriam temer de todos os demais poderes do mundo."

En Castellano:

En las crónicas del catalán Ramón Muntaner de comienzos del 1300, que refiriéndose a una entrevista entre un monarca aragonés y castellano, donde se discutía una posible alianza con los reyes de Mallorca y Portugal, nos dejaba esta perla:

"...si aquests quatre Reys que ell nomenava de Espanya, qui son una carn e una sang, se teguessen ensemps, poch duptare tot laltre poder del mon."

Que en castellano se traduce así:

"...si estos cuatro reyes de España que él nombraba, que son una carne y una sangre, se unieran, poco deberían temer de todos los demás poderes del mundo."

Os cinco reinos de Espanha / Los cinco reinos de España


Em português:

Em repetidas ocasiões se refere Jaime I aos “cinco reinos da Espanha”, isso é Leão, Castela, Navarra, Aragão e Portugal.

"Outra história da Catalunha", Pag. 77. Marcelo Capdeferro. Ed. Acervo.

En castellano:

En repetidas ocasiones se refiere Jaime I a los “cinco reinos de España”, eso es León, Castilla, Navarra, Aragón y Portugal.

"Otra historia da Cataluña", Pag. 77. Marcelo Capdeferro. Ed. Acervo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

HISPANIDAD


Em português:

A palavra hispanidad abarca todos os idiomas de Espanha. Hispanidad aglutina tudo o que tenha que ver com Espanha.
Por verdadeiro, ao idioma português também se lhe considera dentro da hispanidad.

Como escreveu Ramiro de Maeztu em seu livro Defesa da Hispanidad:

"Primeira questão: se incluirão nela (na Hispanidad) Portugal e Brasil? As vezes protestam os portugueses. Não creio que os mais cultos. Camoens os chama "Huma gente fortissima de Espanha". Andrés de Resende, o humanista, dizia o mesmo, com palavras que elogia dona Carolina Michaëlis de Vasconcelos: "Hispani omnes sumus". Almeida Garret o dizia também: "Somos Hispanos, e devemos chamar Hispanos a quantos habitamos a peninsula hispânica". E dom Ricardo Jorge disse: "chamese Hispania à peninsula, hispano ao seu habitante ondequer que demore, hispanico ao que lhez dez respeito". Hispânicos são, pois, todos os povos que devem a civilização ou o ser aos povos hispanos da Península. Hispanidad é o conceito que a todos abarca".

En castellano:

La palabra hispanidad abarca todos los idiomas de España. Hispanidad aglutina todo lo que tenga que ver con España.
Por cierto, al idioma portugués también se le considera dentro de la hispanidad.

Como escribió Ramiro de Maeztu en su libro Defensa de la Hispanidad:

"Primera cuestión: ¿se incluirán en ella (en la Hispanidad) Portugal y Brasil? A veces protestan los portugueses. No creo que los más cultos. Camoens los llama "Huma gente fortissima de Espanha".
Andrés de Resende, el humanista, decía lo mismo, con palabras que elogia doña Carolina Michaëlis de Vasconcelos: "Hispani omnes sumus". Almeida Garret lo decía también: "Somos Hispanos, e devemos chamar Hispanos a quantos habitamos a peninsula hispánica". Y don Ricardo Jorge ha dicho: "chamese Hispania à peninsula, hispano ao seu habitante ondequer que demore, hispanico ao que lhez diez respeito". Hispánicos son, pues, todos los pueblos que deben la civilización o el ser a los pueblos hispanos de la Península. Hispanidad es el concepto que a todos abarca".

O Concílio de Constanza e a união peninsular numa só Nação / El Concilio de Constanza y la unión peninsular en una sola Nación


Em português:

A cristiandade européia constava, desde 1378, com dois papas, um estabelecido na cidade francesa de Avignon e o outro em Roma. É mais, em 1409 se somou um terceiro pontífice estabelecido em Pisa.

Aquele panorama motivou a convocação, por parte de Juan XXIII de um importante concílio que aparte de pôr fim àquela situação se pretendia levar a cabo uma necessária reforma da igreja.
Ao concílio de Constanza, aparte de eclesiásticos, assistiram também representantes das cinco "nações" mais importantes de Europa.
Segundo o Liber Pontificalis foram gentes itálicas, gálicas, germânicas, hispânicas e ánglicas.
Quanto à denominada "nação espanhola", fizeram parte da mesma delegados procedentes dos reinos de Castela e Leão, da Coroa de Aragão, do reino de Navarra e do reino de Portugal.
Ainda que tivesse algumas divergências entre os representantes dos diversos reinos, não tiveram o menor inconveniente em constituir uma única nação, à que se definiu com o significativo termo de "espanhola" (tal como soa, em castelhano).

*Informação sacada do livro "A Reconquista, o conceito de Espanha: unidade e diversidade", de Julio Valdeón Baruque. Editorial Espasa.

En castellano:

La cristiandad europea constaba, desde 1378, con dos papas, uno establecido en la ciudad francesa de Avignon y el otro en Roma. Es más, en 1409 se sumó un tercer pontífice establecido en Pisa.
Aquel panorama motivó la convocatoria, por parte de Juan XXIII de un importante concilio que aparte de poner fin a aquella situación se pretendía llevar a cabo una necesaria reforma de la iglesia.
Al concilio de Constanza, aparte de eclesiásticos, asistieron también representantes de las cinco "naciones" más importantes de Europa.
Según el Liber Pontificalis acudieron gentes itálicas, gálicas, germánicas, hispánicas y ánglicas.
En cuanto a la denominada "nación española", formaron parte de la misma delegados procedentes de los reinos de Castilla y León, de la Corona de Aragón, del reino de Navarra y del reino de Portugal.
Aunque hubiera algunas divergencias entre los representantes de los diversos reinos, no tuvieron el menor inconveniente en constituir una única nación, a la que se definió con el significativo término de "española" (tal como suena, en castellano).

*Información sacada del libro "La Reconquista, el concepto de España: unidad y diversidad", de Julio Valdeón Baruque. Editorial Espasa.

Espanha segundo Marcelino Menéndez Pelayo España según Marcelino Menéndez Pelayo


Em português:

"O nome de Espanha, que hoje abusivamente aplicamos ao reino unido de Castilla, Aragão e Navarra, é um nome de região, um nome geográfico, e Portugal é e será terra espanhola, ainda que permaneça independente por idades infinitas; é mais, ainda que Deus a desgaje do território peninsular, e a faça andar errante, como a Dê-os, no meio das ondas. Não é possível romper os laços da história e da raça, não voltam atrás os fatos nem se altera o curso da civilização por divisões políticas (sequer eternamente), nem por vontades humanas.Ainda neste século disse Almeida-Garret, o poeta português por excelência."Espanhóis somos e de espanhóis nos devemos apreciar quantos habitamos a península ibérica" .Espanha e Portugal é tão absurdo como se disséssemos Espanha e Cataluña. A tal extremo nos trouxeram os que chamam língua espanhola ao castelhano e incorrem em outras aberrações pelo estilo."

En castellano:

"El nombre de España, que hoy abusivamente aplicamos al reino unido de Castilla, Aragón y Navarra, es un nombre de región, un nombre geográfico, y Portugal es y será tierra española, aunque permanezca independiente por edades infinitas; es más, aunque Dios la desgaje del territorio peninsular, y la haga andar errante, como a Délos, en medio de las olas. No es posible romper los lazos de la historia y de la raza, no vuelven atrás los hechos ni se altera el curso de la civilización por divisiones políticas (siquiera eternamente), ni por voluntades humanas.

Todavía en este siglo ha dicho Almeida-Garret, el poeta portugués por excelencia."Españoles somos y de españoles nos debemos preciar cuantos habitamos la península ibérica" .España y Portugal es tan absurdo como si dijéramos España y Cataluña. A tal extremo nos han traído los que llaman lengua española al castellano e incurren en otras aberraciones por el estilo."

Portugueses defendendo sua espanholidade Portugueses defendiendo su españolidad


Em português:

"Espanhóis somos e de espanhóis nos devemos apreciar quantos habitamos a península ibérica".
João Baptista da Silva Leitou de Almeida Garrett.

"Falai de castelhanos e portugueses, porque espanhóis somos todos".
Luis de Camões.

"Chamese Hispánia à peninsula, hispano ao seu habitante ondequer que demore, hispánico ao que lhe diez respeito."
Ricardo Jorge

En castellano:

"Españoles somos y de españoles nos debemos preciar cuantos habitamos la península ibérica"
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett

"Hablad de castellanos y portugueses, porque españoles somos todos"
Luis de Camões

"Llamese Hispania a la península, hispano a su habitante donde quiera que viva, hispánico a quien le de respeto."
Ricardo Jorge

"Laus Spaniae", de Santo Isidoro de Sevilha


Em português:

Santo Isidoro de Sevilha, o mais importante representante da cultura na época visigoda, em sua "De Laude Spaniae":

""De todas as terras, quantas há desde Occidente até a Índia, tu és a mais formosa, oh sacra Espanha, mãe sempre feliz de príncipes e de povos! Bem se te pode chamar rainha de todas as províncias....; a tua honra e ornamento do mundo, a mais ilustre porção da terra, em quem a gloriosa fecundidade da raça goda recrear-se e floresce. Natura mostrou-se pródiga em enriquecer-te; tu, exuberante em frutas, enchida de videiras, alegre em messes..., tu abundas de tudo, assentada deliciosamente nos climas do mundo, nem torrada pelos ardores do sol, nem arrefecida por glacial inclemência... Tu vences ao Alfeu em cavalos, e ao Clitunno em gados; não invejas os soutos e os pastos de Etruria, nem os bosques de Arcádia... 


Rica também em filhos, produzes os príncipes imperantes, ao mesmo tempo que o púrpura e as pedras preciosas para os enfeitar. Com razão cobiçou-te Roma, cabeça das gentes, e embora te desposo a vencedora fortaleza Romulea, depois o florescessem povo godo, depois de vitoriosas peregrinações por outras partes da órbita, a ti amou, a ti raptou, e te goza agora com segura felicidade, entre a pompa régia e o fausto do Império".


Santo Isidoro escreveu isto muitos séculos antes de que existisse Castilla, Aragão, Catalunha, Valência, Portugal...

Os habitantes da península, já fossem de origem visigoda ou hispanoromano, tinham um conceito de Espanha claro, era sua terra, sua pátria, sua nação e todos os habitantes da península eram compatriotas, eram espanhóis. Assim que os habitantes das terras do que hoje é Portugal já eram espanhóis muito antes de que Portugal existisse.

Depois da invasão muçulmana as casas nobiliárias que reinaram sobre os reinos cristãos eram de ascendência visigoda, porque nessa ascendência baseavam sua legitimidade para ser reis, como nosso famoso Dom Pelayo, que era um nobre visigodo, neto do rei Recesvinto.

Os diferentes reinos medievais espanhóis, foram os instrumentos usados para recuperar a integridade e a unidade de Espanha, fim que procuravam todos, tal como mostram todas as fontes primárias e a documentação histórica.

En castellano:

San Isidoro de Sevilla, el más importante representante de la cultura en la época visigoda, en su "De Laude Spaniae":

"De todas las tierras, cuantas hay desde Occidente hasta la India, tú eres la más hermosa, ¡oh sacra España, madre siempre feliz de príncipes y de pueblos! Bien se te puede llamar reina de todas las provincias....; tu honor y ornamento del mundo, la más ilustre porción de la tierra, en quien la gloriosa fecundidad de la raza goda se recrea y florece. Natura se mostró pródiga en enriquecerte; tú, exuberante en frutas, henchida de vides, alegre en mieses..., tú abundas de todo, asentada deliciosamente en los climas del mundo, ni tostada por los ardores del sol, ni arrecida por glacial inclemencia....Tú vences al Alfeo en caballos, y al Clitumno en ganados; no envidias los sotos y los pastos de Etruria, ni los bosques de Arcadia...

Rica también en hijos, produces los príncipes imperantes, a la vez que la púrpura y las piedras preciosas para adornarlos. Con razón te codició Roma, cabeza de las gentes, y aunque te desposó la vencedora fortaleza Romulea, después el florentísimo pueblo godo, tras victoriosas peregrinaciones por otras partes del orbe, a ti amó, a ti raptó, y te goza ahora con segura felicidad, entre la pompa regia y el fausto del Imperio".


San Isidoro escribió esto muchos siglos antes de que existiera Castilla, Aragón, Cataluña, Valencia, Portugal...
Los habitantes de la península, ya fueran de origen visigodo o hispanoromano, tenían un concepto de España claro, era su tierra, su patria, su nación y todos los habitantes de la península eran compatriotas, eran españoles. Así que los habitantes de las tierras de lo que hoy es Portugal ya eran españoles mucho antes de que Portugal existiera.

Después de la invasión musulmana las casas nobiliarias que reinaron sobre los reinos cristianos eran de ascendencia visigoda, porque en esa ascendencia basaban su legitimidad para ser reyes, como nuestro famoso Don Pelayo, que era un noble visigodo, nieto del rey Recesvinto.

Los diferentes reinos medievales españoles, fueron los instrumentos usados para recuperar la integridad y la unidad de España, fin que buscaban todos, tal como muestran todas las fuentes primarias y la documentación histórica.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os Reis Católicos e sua idéia de Espanha / Los Reyes Católicos y su idea de España


Em português:

“…Isabel e Fernando (os Reis Católicos), quem recusam a titulação de reis “de Espanha” proposta pelo Conselho Real uma vez reunida a maior parte da península, porque sem Navarra e Portugal estava incompleta”.

"Breve História de Espanha" de Fernando García de Cortázar e José Manuel González Vesga. Pag. 29.

En castellano:

“…Isabel y Fernando (los Reyes Católicos), quienes rehusan la titulación de “reyes de España” propuesta por el Consejo Real una vez reunida la mayor parte de la península, porque sin Navarra y Portugal estaba incompleta”.

"Breve Historia de España" de Fernando García de Cortázar y José Manuel González Vesga. Pag. 29.