terça-feira, 20 de outubro de 2009

HISPANIDAD


Em português:

A palavra hispanidad abarca todos os idiomas de Espanha. Hispanidad aglutina tudo o que tenha que ver com Espanha.
Por verdadeiro, ao idioma português também se lhe considera dentro da hispanidad.

Como escreveu Ramiro de Maeztu em seu livro Defesa da Hispanidad:

"Primeira questão: se incluirão nela (na Hispanidad) Portugal e Brasil? As vezes protestam os portugueses. Não creio que os mais cultos. Camoens os chama "Huma gente fortissima de Espanha". Andrés de Resende, o humanista, dizia o mesmo, com palavras que elogia dona Carolina Michaëlis de Vasconcelos: "Hispani omnes sumus". Almeida Garret o dizia também: "Somos Hispanos, e devemos chamar Hispanos a quantos habitamos a peninsula hispânica". E dom Ricardo Jorge disse: "chamese Hispania à peninsula, hispano ao seu habitante ondequer que demore, hispanico ao que lhez dez respeito". Hispânicos são, pois, todos os povos que devem a civilização ou o ser aos povos hispanos da Península. Hispanidad é o conceito que a todos abarca".

En castellano:

La palabra hispanidad abarca todos los idiomas de España. Hispanidad aglutina todo lo que tenga que ver con España.
Por cierto, al idioma portugués también se le considera dentro de la hispanidad.

Como escribió Ramiro de Maeztu en su libro Defensa de la Hispanidad:

"Primera cuestión: ¿se incluirán en ella (en la Hispanidad) Portugal y Brasil? A veces protestan los portugueses. No creo que los más cultos. Camoens los llama "Huma gente fortissima de Espanha".
Andrés de Resende, el humanista, decía lo mismo, con palabras que elogia doña Carolina Michaëlis de Vasconcelos: "Hispani omnes sumus". Almeida Garret lo decía también: "Somos Hispanos, e devemos chamar Hispanos a quantos habitamos a peninsula hispánica". Y don Ricardo Jorge ha dicho: "chamese Hispania à peninsula, hispano ao seu habitante ondequer que demore, hispanico ao que lhez diez respeito". Hispánicos son, pues, todos los pueblos que deben la civilización o el ser a los pueblos hispanos de la Península. Hispanidad es el concepto que a todos abarca".

O Concílio de Constanza e a união peninsular numa só Nação / El Concilio de Constanza y la unión peninsular en una sola Nación


Em português:

A cristiandade européia constava, desde 1378, com dois papas, um estabelecido na cidade francesa de Avignon e o outro em Roma. É mais, em 1409 se somou um terceiro pontífice estabelecido em Pisa.

Aquele panorama motivou a convocação, por parte de Juan XXIII de um importante concílio que aparte de pôr fim àquela situação se pretendia levar a cabo uma necessária reforma da igreja.
Ao concílio de Constanza, aparte de eclesiásticos, assistiram também representantes das cinco "nações" mais importantes de Europa.
Segundo o Liber Pontificalis foram gentes itálicas, gálicas, germânicas, hispânicas e ánglicas.
Quanto à denominada "nação espanhola", fizeram parte da mesma delegados procedentes dos reinos de Castela e Leão, da Coroa de Aragão, do reino de Navarra e do reino de Portugal.
Ainda que tivesse algumas divergências entre os representantes dos diversos reinos, não tiveram o menor inconveniente em constituir uma única nação, à que se definiu com o significativo termo de "espanhola" (tal como soa, em castelhano).

*Informação sacada do livro "A Reconquista, o conceito de Espanha: unidade e diversidade", de Julio Valdeón Baruque. Editorial Espasa.

En castellano:

La cristiandad europea constaba, desde 1378, con dos papas, uno establecido en la ciudad francesa de Avignon y el otro en Roma. Es más, en 1409 se sumó un tercer pontífice establecido en Pisa.
Aquel panorama motivó la convocatoria, por parte de Juan XXIII de un importante concilio que aparte de poner fin a aquella situación se pretendía llevar a cabo una necesaria reforma de la iglesia.
Al concilio de Constanza, aparte de eclesiásticos, asistieron también representantes de las cinco "naciones" más importantes de Europa.
Según el Liber Pontificalis acudieron gentes itálicas, gálicas, germánicas, hispánicas y ánglicas.
En cuanto a la denominada "nación española", formaron parte de la misma delegados procedentes de los reinos de Castilla y León, de la Corona de Aragón, del reino de Navarra y del reino de Portugal.
Aunque hubiera algunas divergencias entre los representantes de los diversos reinos, no tuvieron el menor inconveniente en constituir una única nación, a la que se definió con el significativo término de "española" (tal como suena, en castellano).

*Información sacada del libro "La Reconquista, el concepto de España: unidad y diversidad", de Julio Valdeón Baruque. Editorial Espasa.

Espanha segundo Marcelino Menéndez Pelayo España según Marcelino Menéndez Pelayo


Em português:

"O nome de Espanha, que hoje abusivamente aplicamos ao reino unido de Castilla, Aragão e Navarra, é um nome de região, um nome geográfico, e Portugal é e será terra espanhola, ainda que permaneça independente por idades infinitas; é mais, ainda que Deus a desgaje do território peninsular, e a faça andar errante, como a Dê-os, no meio das ondas. Não é possível romper os laços da história e da raça, não voltam atrás os fatos nem se altera o curso da civilização por divisões políticas (sequer eternamente), nem por vontades humanas.Ainda neste século disse Almeida-Garret, o poeta português por excelência."Espanhóis somos e de espanhóis nos devemos apreciar quantos habitamos a península ibérica" .Espanha e Portugal é tão absurdo como se disséssemos Espanha e Cataluña. A tal extremo nos trouxeram os que chamam língua espanhola ao castelhano e incorrem em outras aberrações pelo estilo."

En castellano:

"El nombre de España, que hoy abusivamente aplicamos al reino unido de Castilla, Aragón y Navarra, es un nombre de región, un nombre geográfico, y Portugal es y será tierra española, aunque permanezca independiente por edades infinitas; es más, aunque Dios la desgaje del territorio peninsular, y la haga andar errante, como a Délos, en medio de las olas. No es posible romper los lazos de la historia y de la raza, no vuelven atrás los hechos ni se altera el curso de la civilización por divisiones políticas (siquiera eternamente), ni por voluntades humanas.

Todavía en este siglo ha dicho Almeida-Garret, el poeta portugués por excelencia."Españoles somos y de españoles nos debemos preciar cuantos habitamos la península ibérica" .España y Portugal es tan absurdo como si dijéramos España y Cataluña. A tal extremo nos han traído los que llaman lengua española al castellano e incurren en otras aberraciones por el estilo."

Portugueses defendendo sua espanholidade Portugueses defendiendo su españolidad


Em português:

"Espanhóis somos e de espanhóis nos devemos apreciar quantos habitamos a península ibérica".
João Baptista da Silva Leitou de Almeida Garrett.

"Falai de castelhanos e portugueses, porque espanhóis somos todos".
Luis de Camões.

"Chamese Hispánia à peninsula, hispano ao seu habitante ondequer que demore, hispánico ao que lhe diez respeito."
Ricardo Jorge

En castellano:

"Españoles somos y de españoles nos debemos preciar cuantos habitamos la península ibérica"
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett

"Hablad de castellanos y portugueses, porque españoles somos todos"
Luis de Camões

"Llamese Hispania a la península, hispano a su habitante donde quiera que viva, hispánico a quien le de respeto."
Ricardo Jorge

"Laus Spaniae", de Santo Isidoro de Sevilha


Em português:

Santo Isidoro de Sevilha, o mais importante representante da cultura na época visigoda, em sua "De Laude Spaniae":

""De todas as terras, quantas há desde Occidente até a Índia, tu és a mais formosa, oh sacra Espanha, mãe sempre feliz de príncipes e de povos! Bem se te pode chamar rainha de todas as províncias....; a tua honra e ornamento do mundo, a mais ilustre porção da terra, em quem a gloriosa fecundidade da raça goda recrear-se e floresce. Natura mostrou-se pródiga em enriquecer-te; tu, exuberante em frutas, enchida de videiras, alegre em messes..., tu abundas de tudo, assentada deliciosamente nos climas do mundo, nem torrada pelos ardores do sol, nem arrefecida por glacial inclemência... Tu vences ao Alfeu em cavalos, e ao Clitunno em gados; não invejas os soutos e os pastos de Etruria, nem os bosques de Arcádia... 


Rica também em filhos, produzes os príncipes imperantes, ao mesmo tempo que o púrpura e as pedras preciosas para os enfeitar. Com razão cobiçou-te Roma, cabeça das gentes, e embora te desposo a vencedora fortaleza Romulea, depois o florescessem povo godo, depois de vitoriosas peregrinações por outras partes da órbita, a ti amou, a ti raptou, e te goza agora com segura felicidade, entre a pompa régia e o fausto do Império".


Santo Isidoro escreveu isto muitos séculos antes de que existisse Castilla, Aragão, Catalunha, Valência, Portugal...

Os habitantes da península, já fossem de origem visigoda ou hispanoromano, tinham um conceito de Espanha claro, era sua terra, sua pátria, sua nação e todos os habitantes da península eram compatriotas, eram espanhóis. Assim que os habitantes das terras do que hoje é Portugal já eram espanhóis muito antes de que Portugal existisse.

Depois da invasão muçulmana as casas nobiliárias que reinaram sobre os reinos cristãos eram de ascendência visigoda, porque nessa ascendência baseavam sua legitimidade para ser reis, como nosso famoso Dom Pelayo, que era um nobre visigodo, neto do rei Recesvinto.

Os diferentes reinos medievais espanhóis, foram os instrumentos usados para recuperar a integridade e a unidade de Espanha, fim que procuravam todos, tal como mostram todas as fontes primárias e a documentação histórica.

En castellano:

San Isidoro de Sevilla, el más importante representante de la cultura en la época visigoda, en su "De Laude Spaniae":

"De todas las tierras, cuantas hay desde Occidente hasta la India, tú eres la más hermosa, ¡oh sacra España, madre siempre feliz de príncipes y de pueblos! Bien se te puede llamar reina de todas las provincias....; tu honor y ornamento del mundo, la más ilustre porción de la tierra, en quien la gloriosa fecundidad de la raza goda se recrea y florece. Natura se mostró pródiga en enriquecerte; tú, exuberante en frutas, henchida de vides, alegre en mieses..., tú abundas de todo, asentada deliciosamente en los climas del mundo, ni tostada por los ardores del sol, ni arrecida por glacial inclemencia....Tú vences al Alfeo en caballos, y al Clitumno en ganados; no envidias los sotos y los pastos de Etruria, ni los bosques de Arcadia...

Rica también en hijos, produces los príncipes imperantes, a la vez que la púrpura y las piedras preciosas para adornarlos. Con razón te codició Roma, cabeza de las gentes, y aunque te desposó la vencedora fortaleza Romulea, después el florentísimo pueblo godo, tras victoriosas peregrinaciones por otras partes del orbe, a ti amó, a ti raptó, y te goza ahora con segura felicidad, entre la pompa regia y el fausto del Imperio".


San Isidoro escribió esto muchos siglos antes de que existiera Castilla, Aragón, Cataluña, Valencia, Portugal...
Los habitantes de la península, ya fueran de origen visigodo o hispanoromano, tenían un concepto de España claro, era su tierra, su patria, su nación y todos los habitantes de la península eran compatriotas, eran españoles. Así que los habitantes de las tierras de lo que hoy es Portugal ya eran españoles mucho antes de que Portugal existiera.

Después de la invasión musulmana las casas nobiliarias que reinaron sobre los reinos cristianos eran de ascendencia visigoda, porque en esa ascendencia basaban su legitimidad para ser reyes, como nuestro famoso Don Pelayo, que era un noble visigodo, nieto del rey Recesvinto.

Los diferentes reinos medievales españoles, fueron los instrumentos usados para recuperar la integridad y la unidad de España, fin que buscaban todos, tal como muestran todas las fuentes primarias y la documentación histórica.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os Reis Católicos e sua idéia de Espanha / Los Reyes Católicos y su idea de España


Em português:

“…Isabel e Fernando (os Reis Católicos), quem recusam a titulação de reis “de Espanha” proposta pelo Conselho Real uma vez reunida a maior parte da península, porque sem Navarra e Portugal estava incompleta”.

"Breve História de Espanha" de Fernando García de Cortázar e José Manuel González Vesga. Pag. 29.

En castellano:

“…Isabel y Fernando (los Reyes Católicos), quienes rehusan la titulación de “reyes de España” propuesta por el Consejo Real una vez reunida la mayor parte de la península, porque sin Navarra y Portugal estaba incompleta”.

"Breve Historia de España" de Fernando García de Cortázar y José Manuel González Vesga. Pag. 29.