sábado, 4 de setembro de 2010

Península Ibérica? / ¿Península Ibérica?


Em português:

O nome de Península Ibérica é menos correto que o termo Hispânica devido a que o povo íbero, dual deriva o nome, só se assentava em uma parte da península enquanto Hispania representou a toda a península (incluída Portugal). A união das Coroas de Castela e Aragão (e mais tarde o Reino de Navarra) ficou com o nome da antiga Nação engendrada por Roma e que nasceu com o Reino Visigodo, apesar de que os Reis Católicos eram arredios a chamar à união de suas Coroas (Castela e Aragão) com o nome da Espanha, pois não eram reis de toda Espanha, já que lhes faltavam os reinos de Portugal e Navarra.

O fato de que a península Hispânica ficasse dividida em 2 Estados (Portugal e Espanha) fez que a historiografia se preocupasse de procurar outro nome a nossa península para não “ferir sensibilidades “, ainda que traindo a origem e história de Portugal.Como vemos neste mapa, que divide aos povos íberos de celtas e celtíberos, os íberos nunca se assentaram em território português, ao igual que na maior parte de Espanha, por tanto os portugueses não podem chamar-se íberos.

Apesar de seu uso estendido segue sendo muito pouco apropriado o termo da Península Ibérica. O termo mais correto e apropriado é o que denomina à península como Península Hispânica.


En castellano:

El nombre de Península Ibérica es menos correcto que el término Hispánica debido a que el pueblo íbero, del que deriva el nombre, solo se asentaba en una parte de la península mientras que Hispania representó a toda la península (incluida Portugal).

La unión de las Coronas de Castilla y Aragón (y más tarde el Reino de Navarra) se quedó con el nombre de la antigua Nación engendrada por Roma y que nació con el Reino Visigodo, a pesar de que los Reyes Católicos eran reacios a llamar a la unión de sus Coronas (Castilla y Aragón) con el nombre de España, pues no eran reyes de toda España, ya que les faltaban los reinos de Portugal y Navarra.

El hecho de que la península Hispánica quedara dividida en 2 Estados (Portugal y España) hizo que la historiografía se preocupara de buscar otro nombre a nuestra península para no “herir sensibilidades “, aunque traicionando el origen e historia de Portugal.

Como vemos en este mapa, que divide a los pueblos íberos de celtas y celtíberos, los íberos nunca se asentaron en territorio portugués, al igual que en la mayor parte de España, por tanto los portugueses no pueden llamarse íberos.

A pesar de su uso extendido sigue siendo muy poco apropiado el término de Península Ibérica. El término más correcto y apropiado es el que denomina a la península como Península Hispánica.

domingo, 2 de maio de 2010

Rodrigo Jiménez de Rada


Em português:

"Castela, Portugal, Navarra e Aragão são independentes, mas parte de um todo superior que é algo mais que a geografia ou que o eco histórico de distantes latinidades: uma comunidade de sentimentos, de interesses e de cultura. Só os que formam esses povos espanhóis têm direito a ocupar o solo peninsular; filhos do mesmo pai, cada um é dono de uma parte da herança, mas a herança deve ser somente patrimônio deles. Todo terceiro que ocupe alguma parte e que se aproprie de terra hispana é um usurpador e os quatro povos irmãos devem unir-se para expulsar-lhe dos domínios herdados".

En castellano:

"Castilla, Portugal, Navarra y Aragón son independientes, pero parte de un todo superior que es algo más que la geografía o que el eco histórico de lejanas latinidades: una comunidad de sentimientos, de intereses y de cultura. Sólo los que forman esos pueblos españoles tienen derecho a ocupar el suelo peninsular; hijos del mismo padre, cada uno es dueño de una parte de la herencia, pero la herencia debe ser solamente patrimonio de ellos. Todo tercero que ocupe alguna parte y que se apropie de tierra hispana es un usurpador y los cuatro pueblos hermanos deben unirse para expulsarle de los dominios heredados".

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Juan Vázquez de Mella Fanjul


Em português:

"Hoje é aspiração das almas mais nobles e dos entendimentos mais elevados em Portugal o chegar em formar um Império conosco, a enlaçar sua vida com a nossa não como um ato de submissão à Espanha por parte de Portugal e tratando por parte nossa de estabelecer uma dominação que qualifico de absurda, esta que eu combati e combaterei sempre, mas mantendo Portugal sua unidade e sua completa independência, mas federado conosco de pé de igualdade, com a união econômica e militar que mantêm todas as gerações."

En castellano:

"Hoy es aspiración de las almas más nobles y de los entendimientos más elevados en Portugal el llegar a formar un Imperio con nosotros, a enlazar su vida con la nuestra no como un acto de sumisión a España por parte de Portugal y tratando por parte nuestra de establecer una dominación que califico de absurda, ésta que yo he combatido y combatiré siempre, sino manteniendo Portugal su unidad y su completa independencia, pero federado con nosotros en pie de igualdad, con la unión económica y militar que mantienen todas las generaciones."

terça-feira, 2 de março de 2010

Oliveira Martins


Em português:

Quem pise Portugal e Espanha observará certamente, ou não tem olhos, uma afinidade inegável de aspecto e de caráter, um parentesco evidente entre os povos dos dois lados do Minho, do Guadiana, da Raia Seca do Leste. Se esses homens não falassem, ninguém distinguiria as duas nações, e, por outra parte, confunde já alguém um algarvés ou um alentejano puro com um puro minhoto? A História comum confunde, não separa; depois de ver que, apesar de transcorridos sete séculos, não há diferenças marcadas, a observação dos homens leva-nos a crer que, efetivamente, em Portugal faltou uma unidade de raça, sobrando pelo contrário, uma vontade enérgica ou uma capacidade notável em seus príncipes...Com um troço da Galícia, outro de Leão, outro da Espanha meridional sarracena, esses príncipes compuseram para si um estado.


Verdade que nossa independência restauróse em 1640; mas, como? Se atreverá alguém a dizer que foi uma ressurreição? Não será a História da Restauração a nova História de um país que, destruída a obra do Império Ultramarino, surge no século XVII, como o nosso aparece Bélgica para as necessidades do equilíbrio europeu? Não vivemos desde o 1641, sob o protetorado de Inglaterra? Não chegamos a ser, positivamente, uma fábrica britânica? Em suas línguas, em suas tradições, em seu caráter, o celta da Irlanda encontra sempre um ponto de apoio vivo e positivo. Quereis uma prova da diferença? Os pontos de apoio que nós buscamos morreram ou são negativos: Morto o Império Marítimo e Colonial, a Índia e toda a História que terminou com As Lusiadas em 1880; negativo o ódio a Castilla, que nem nos oprime nem nos odeia.

En castellano:

"Quien pise Portugal y España observará ciertamente, o no tiene ojos, una afinidad innegable de aspecto y de carácter, un parentesco evidente entre los pueblos de los dos lados del Miño, del Guadiana, de la Raya Seca del Este. Si esos hombres no hablasen, nadie distinguiría las dos naciones, y, por otra parte, ¿confunde ya alguien un algarvés o un alentejano puro con un puro minense? La Historia común confunde, no separa; después de ver que, a pesar de transcurridos siete siglos, no hay diferencias marcadas, la observación de los hombres llévanos a creer que, en efecto, en Portugal faltó una unidad de raza, sobrando por el contrario, una voluntad enérgica o una capacidad notable en sus príncipes...Con un trozo de Galicia, otro de León, otro de la España meridional sarracena, esos príncipes compusieron para sí un estado.

Verdad que nuestra independencia restauróse en 1640; pero, ¿cómo? ¿Se atreverá alguien a decir que fue una resurrección? ¿No será la Historia de la Restauración la nueva Historia de un país que, destruida la obra del Imperio Ultramarino, surge en el siglo XVII, como el nuestro aparece Bélgica para las necesidades del equilibrio europeo? ¿No vivimos desde el 1641, bajo el protectorado de Inglaterra? ¿No hemos llegado a ser, positivamente, una factoría británica?

En sus lenguas, en sus tradiciones, en su carácter, el celta de Irlanda encuentra siempre un punto de apoyo vivo y positivo. ¿Queréis una prueba de la diferencia? Los puntos de apoyo que nosotros buscamos han muerto o son negativos: Muerto el Imperio Marítimo y Colonial, la India y toda la Historia que terminó con As Lusiadas en 1880; negativo el odio a Castilla, que ni nos oprime ni nos odia."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O significado da palavra Espanha / El significado de la palabra España


Em português:

Para começar, temos o Dicionário latino-espanhol, que foi publicado em Burgos em 1512, e que foi uma atualização do de Elio Antonio de Nebrija. Porei aqui o que define por "Espanha" e "Espanhola coisa":

Espanha region de europa. hispania
Espanha esta mesma. iberia • hesperia
Espanhola coisa de españa. hispanus -a -um
Espanhola coisa assi. hesperius -a -um • iber -a -um
Espanhola coisa fora de españa. hispaniensis -e
Espanhola coisa de fora em españa. hispaniensis

Depois, seguindo com um linguista português, temos o Dictionarium Latino Lusitanicum et Vice-versa Lusitanico Latinum de Jerónimo Cardoso, publicado o 1570. Este nos define "Espanhol" e "Espanhola cousa":

Espanhol. Hispanus, i. Iber, eri
Espanhola cousa. Hispanicus, a, um

Não nos movemos de Portugal, e esta vez o que porei é uma citação de Duarte Nunes do Liou, que em seu livro Origem dá Lingua Portuguesa (1606), deixa-nos claro que o português é uma das línguas espanholas:

"De duas vozes destas s. da impessoal e passiua carece a lingua portuguesa, como as outras Hespanhoes, Italiana e Francesa." (p. 304)

E outra citação, agora de Alvaro Ferreira de Vera (Orthographia, 1631), que no capítulo que dedica aos primeiros pobladores da Península Ibérica, deixa-nos algo tão esclarecedor como isto:

"E povoandose Portugal e toda Hespanha desta gente, a lingua que failavão era Hespanhola, no que concordao muitos" (f. 82)

Pois bem, isto é o que tínhamos nessa época, mas claro, as coisas mudaram, e se vamos ao 1712, temos a um português (de sobrenome francês) que equipara "espanhol" e "castelhano", algo que para nada é novo nestas coordenadas, mas que igualmente não deixa de ser um erro. A citação a podeis encontrar no livro Vocabulário Portuguez e Latino (1712), escrito por Rafael Bluteau:

"Castelhano. Natural de Castella, (Assim costumamos chamar qual quer Espanhol, que não he portuguez) porque Castella, he o Reyno, em que reside a Corte dos Espanhoes, que não são Portuguezes"

Na citação fica bem claro como fala dos portugueses como espanhóis, e que a corte dos espanhóis que não são portugueses está em Castilla.

Os portugueses se reconheciam como o que são, espanhóis, mas é verdade que depois de anos de equiparações (já fora desde a Península Hispânica ou desde o resto de Europa) de "Espanha" com a união de Castilla-Aragão-Navarra, eles mesmos começaram a desprender-se do termo "espanhol", mas não por vontade própria, senão porquê não lhes ficava mais remédio.

En castellano:

Para empezar, tenemos el Diccionario latino-español, que fue publicado en Burgos en 1512, y que fue una actualización del de Elio Antonio de Nebrija. Pondré aqui lo que define por "España" y "Española cosa":

España region de europa. hispania
España esta mesma. iberia • hesperia
Española cosa de españa. hispanus -a -um
Española cosa assi. hesperius -a -um • iber -a -um
Española cosa fuera de españa. hispaniensis -e
Española cosa de fuera en españa. hispaniensis

Luego, siguiendo con un lingüista portugués, tenemos el Dictionarium Latino Lusitanicum et Viceversa Lusitanico Latinum de Jerónimo Cardoso, publicado el 1570. Este nos define "Espanhol" y "Espanhola cousa":

Espanhol. Hispanus, i. Iber, eri
Espanhola cousa. Hispanicus, a, um

No nos movemos de Portugal, y esta vez lo que pondré es una cita de Duarte Nunes do Lião, que en su libro Origem da Lingua Portuguesa (1606), nos deja claro que el portugués es una de las lenguas españolas:

"De dos voces de estas s. de la impersonal y pasiva carece la lengua portuguesa, como las otras Españolas, Italiana y Francesa." (p. 304)

Y otra cita, ahora de Alvaro Ferreira de Vera (Orthographia, 1631), que en el capítulo que dedica a los primeros pobladores de la Península Ibérica, nos deja algo tan esclarecedor como esto:

"E povoandose Portugal e toda Hespanha desta gente, a lingua que failavão era Hespanhola, no que concordao muitos" (f. 82)

Pues bien, esto es lo que teníamos en esa época, pero claro, las cosas cambiaron, y si vamos al 1712, tenemos a un portugués (de apellido francés) que equipara "español" y "castellano", algo que para nada es nuevo en estas coordenadas, pero que igualmente no deja de ser un error. La cita la podéis encontrar en el libro Vocabulario Portuguez e Latino (1712), escrito por Rafael Bluteau:

"Castellano. Natural de Castilla, (Así solemos llamar cual quiere Español, que no es portuguez) porque Castilla, es el Reyno, en que reside la Corte de los Españoles, que no son Portugueses"

En la cita queda bien claro como habla de los portugueses como españoles, y que la corte de los españoles que no son portugueses está en Castilla.

Los portugueses se reconocían como lo que son, españoles, pero es verdad que tras años de equiparaciones (ya fuera desde la Península Hispánica o desde el resto de Europa) de "España" con la unión de Castilla-Aragón-Navarra, ellos mismos comenzaron a desprenderse del término "español", pero no por voluntad propia, sino porqué no les quedaba más remedio.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Primaz das Espanhas / Primado de las Españas


Em português:

Primaz das Espanhas é um título honorífico pertencente ao Arcebispo de Braga que, deste modo, se designa Arcebispo Primaz de Braga. Este título é outorgado ao Prelado de Braga por esta ser a Diocese mais antiga de Portugal. A Sé de Braga passou de Diocese a Arquidiocese, tendo recebido posteriormente o título Primacial.

Existiu uma disputa histórica pela posse do título de Primaz das Espanhas estre os Arcebispos de Braga, Toledo e Tarragona. Ainda hoje o título de Primaz das Espanhas é usado pelo Arcebispo de Braga, Toledo e Tarragona.

Por intermédio do título de Primaz das Espanhas o Arcebispo de Braga deteve, desde a fundação de Portugal, precedência sobre todos os Bispos de Portugal, facto que ainda hoje se mantém, com excepção do Patriarca de Lisboa que, desde 1716, se encontra honorificamente acima do próprio Prelado de Braga.

O arcebispo de Braga e primaz das Espanhas investido doutor “Honoris Causa”: http://aleph.fam.ulusiada.pt/share/repositorio/Recortes/Rw-2009/0522-1.pdf

En castellano:

Primado de las Españas es un título honorífico perteneciente al Arzobispo de Braga que, asimismo, se designa Arzobispo Primado de Braga. Este título es otorgado al Prelado de Braga por esta ser la Diócesis más antigua de Portugal. La Sede de Braga pasó de Diócesis la Archidiócesis, teniendo recibido posteriormente el título de Primado.

Existió una disputa histórica por la posesión del título de Primado de las Españas entre los Arzobispos de Braga, Toledo y Tarragona. Todavía hoy el título de Primado de las Españas es usado por los Arzobispos de Braga, Toledo y Tarragona.

Por intermedio del título de Primado de las Españas el Arzobispo de Braga tuvo, desde la fundación de Portugal, precedencia sobre todos los Obispos de Portugal, hecho que todavía hoy se mantiene, con excepción del Patriarca de Lisboa que, desde 1716, se encuentra honoríficamente por encima del propio Prelado de Braga.

El arzobispo de Braga y primado de las Españas investido doctor “Honoris Causa”:
http://aleph.fam.ulusiada.pt/share/repositorio/Recortes/Rw-2009/0522-1.pdf