terça-feira, 2 de março de 2010

Oliveira Martins


Em português:

Quem pise Portugal e Espanha observará certamente, ou não tem olhos, uma afinidade inegável de aspecto e de caráter, um parentesco evidente entre os povos dos dois lados do Minho, do Guadiana, da Raia Seca do Leste. Se esses homens não falassem, ninguém distinguiria as duas nações, e, por outra parte, confunde já alguém um algarvés ou um alentejano puro com um puro minhoto? A História comum confunde, não separa; depois de ver que, apesar de transcorridos sete séculos, não há diferenças marcadas, a observação dos homens leva-nos a crer que, efetivamente, em Portugal faltou uma unidade de raça, sobrando pelo contrário, uma vontade enérgica ou uma capacidade notável em seus príncipes...Com um troço da Galícia, outro de Leão, outro da Espanha meridional sarracena, esses príncipes compuseram para si um estado.


Verdade que nossa independência restauróse em 1640; mas, como? Se atreverá alguém a dizer que foi uma ressurreição? Não será a História da Restauração a nova História de um país que, destruída a obra do Império Ultramarino, surge no século XVII, como o nosso aparece Bélgica para as necessidades do equilíbrio europeu? Não vivemos desde o 1641, sob o protetorado de Inglaterra? Não chegamos a ser, positivamente, uma fábrica britânica? Em suas línguas, em suas tradições, em seu caráter, o celta da Irlanda encontra sempre um ponto de apoio vivo e positivo. Quereis uma prova da diferença? Os pontos de apoio que nós buscamos morreram ou são negativos: Morto o Império Marítimo e Colonial, a Índia e toda a História que terminou com As Lusiadas em 1880; negativo o ódio a Castilla, que nem nos oprime nem nos odeia.

En castellano:

"Quien pise Portugal y España observará ciertamente, o no tiene ojos, una afinidad innegable de aspecto y de carácter, un parentesco evidente entre los pueblos de los dos lados del Miño, del Guadiana, de la Raya Seca del Este. Si esos hombres no hablasen, nadie distinguiría las dos naciones, y, por otra parte, ¿confunde ya alguien un algarvés o un alentejano puro con un puro minense? La Historia común confunde, no separa; después de ver que, a pesar de transcurridos siete siglos, no hay diferencias marcadas, la observación de los hombres llévanos a creer que, en efecto, en Portugal faltó una unidad de raza, sobrando por el contrario, una voluntad enérgica o una capacidad notable en sus príncipes...Con un trozo de Galicia, otro de León, otro de la España meridional sarracena, esos príncipes compusieron para sí un estado.

Verdad que nuestra independencia restauróse en 1640; pero, ¿cómo? ¿Se atreverá alguien a decir que fue una resurrección? ¿No será la Historia de la Restauración la nueva Historia de un país que, destruida la obra del Imperio Ultramarino, surge en el siglo XVII, como el nuestro aparece Bélgica para las necesidades del equilibrio europeo? ¿No vivimos desde el 1641, bajo el protectorado de Inglaterra? ¿No hemos llegado a ser, positivamente, una factoría británica?

En sus lenguas, en sus tradiciones, en su carácter, el celta de Irlanda encuentra siempre un punto de apoyo vivo y positivo. ¿Queréis una prueba de la diferencia? Los puntos de apoyo que nosotros buscamos han muerto o son negativos: Muerto el Imperio Marítimo y Colonial, la India y toda la Historia que terminó con As Lusiadas en 1880; negativo el odio a Castilla, que ni nos oprime ni nos odia."

6 comentários:

  1. Bom, temos que discordar em vários pontos, baseados na verdadeira História e nos factos:

    1640: Foi uma Ressureição sim e assim disseram todos os Homens da época, os maiores entre os maiores como o grande António Vieira entre outros, Macedo etc. e foi a quando o Império Português começou a expandir-se em milhares e milhares de km2 em maior extenção nas Américas e em Africa e a fundar-se cidades Portuguesas em remotos interiores dos dois Continentes - tal como depois Portugal lideraría uma coligação Europeia em defesa da Europa com D. João V no Peloponeso(Macatan 1717). Vencia os Maratas na India etc. e viveria-se uma época de explendor e prestígio com D. João V sobretudo e D. José I no mundo e na Europa só comparável a império global de D. Manuel.

    Ressureição: Assim o tinha previsto o Profeta Bandarra, cerca de 150 anos antes nas suas trovas proféticas(século XVI) - justamente com essa palavra - Ressureição, depois de "30 tesouras" previu ele por meados do século XVI(Código que queria dizer 60 anos).

    E no Juramento de Ourique, guardado em Alcobaça, em que a Monarquia Portuguesa havería de caír à 16ª geração(17ª contando o Fundador) mas ressuscitaria porque a Mesericordia de DEUS voltaría para ela.

    Oxalá Oliveira Martins e a sua Alma, onde quer que esteja, tenha abandonado o decadentismo, o negativismo e um certo "nihilismo".

    Naquele passo, não estudou muito a história - é que 1640 foi um acto completamente Português - (portanto esse romance de Oliveira Martins de não lembra a nenhum historiador bem informado) e foi Portugal que foi buscar o apoio da França( e só diplomático sobretudo)França que logo nos abandonou quando fez a Paz com a Espanha em 1650s. Procurou-se o da Holanda também, em guerra connosco no Ultramar, mas sem grande efeito.

    Quanto à Inglaterra(Inglaterra em guerra civil até 1645, sem política exterior para ninguém), Oliveira Martins também não se informou.

    Portugal esteve de relações completamente cortadas com a Inglaterra até 1661.

    Os Bragança procuraram restabelecer a Aliança com o Rei Carlos I, mas o Bando Realista perdeu a Guerra civil em 1645 para os Parlamentares "Cabeças Redondas".

    Oliver Cromweel não perdoou e as relações com Portugal estiveram cortadas desde 1640 até 1654. Até que em 1654 houve uma aproximação de Pazes entre a Diplomacia de D. João IV e Cromweel, mas só ainda com uns acordos comerciais, nada mais.

    Finalmente só 1661 com a Restauração do Rei Carlos II e com a nova Dinastia e governo em Inglaterra, e com o Casamento com a Princesa Portuguesa Catarina de Bragança, se restabeleceu finalmente a Aliança Luso-britânica e se obteve e comprou algum apoio económico, material, e se conseguiu alguns Homens mercenários sobretudo Escoceses e Irlandeses, entre alguns Franceses e Ingleses que vieram engrossar o Exército Português, mas só já depois de 21 anos de resistência Portuguesa isolada. (claro que aparte o longo isolamento de Portugal até 1661, Espanha também teve várias frentes militares até 1552 e 1558 que a debilitaram, mas Portugal também teve muitas frentes no caso do seu Ultramar até 1655 sobretudo).

    Cumprimentos

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  2. Caro Blogger

    A propósito da recente visita do Presitente Português à Catalunha (e a Andorra) deixo-lhe aqui a entrevista de Cavaco Silva ao "La Vanguardia" e traduzida para a língua espanhola:

    ENTREVISTA · ANÍBAL CAVACO SILVA Presidente de Portugal

    Cavaco Silva: "Ni Grecia, ni periferia de España; Portugal es un país fuerte"
    "España y Portugal se influyen, pero nuestra inversión inmobiliaria no fue tan elevada"
    "Portugal es Europa y algo más: la lusofonía reúne a más de 250 millones de personas"
    "Portugal y España no son Grecia; ha habido error y mala fe en algunas tribunas"
    "Hablar de integración política entre Portugal y España sería perder el tiempo"
    "En su día Portugal rechazó en referéndum crear autonomías, el pueblo no las desea"

    48 comentarios

    ENRIC JULIANA | Lisboa. Enviado especial | 04/03/2010 | Actualizada a las 00:48h | Internacional

    El presidente de la República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, presidirá mañana la sesión inaugural del Fórum Ibérico de Barcelona, plataforma hispano-lusa de cooperación empresarial, impulsada por el Gobierno de Portugal, la Generalitat de Catalunya, la Cambra de Comerç de Barcelona y el grupo bancario portugués Caixa Geral. Esta primera reunión del Fórum se centrará en el mercado de la energía. El presidente Cavaco Silva recibió a La Vanguardia el pasado viernes en el palacio de Belém de Lisboa. La actual crisis económica ocupó muy buena parte de la entrevista.


    El presidente portugués, Aníbal Cavaco Silva, en el curso de la entrevista en el palacio de Belém / Reinaldo Rodrigues Cita en Barcelona

    Ningún ministro español en el Foro Ibérico

    Aníbal Cavaco Silva (Boliqueime, 1939) es el sexto presidente de la República Portuguesa desde la revolución de 1974. Economista de formación liberal y adscrito al Partido Social Demócrata (centroderecha) fue primer ministro entre 1985 y 1995.

    El presidente Cavaco inaugura mañana el Fórum Ibérico de Barcelona sin ningún ministro español. La presencia del titular de Industria, Miguel Sebastián, ha sido anulada por "motivos de agenda".

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  3. Seguramente estamos ante un círculo vicioso. Un círculo vicioso ibérico: la crisis española daña a Portugal, y la crisis en Portugal contribuye a retrasar la recuperación de las exportaciones españolas.

    España es el principal socio comercial de Portugal. Y Portugal es el tercer cliente de los productos españoles. Por tanto, nada de lo que ocurre en España nos es indiferente, y viceversa. Dicho esto, cada país tiene su especificidad. En Portugal no ha habido inversiones tan fuertes en el sector inmobiliario como en España.

    La fiesta en España ha acabado abruptamente.Yel punto álgido de la crisis ha coincidido con el turno europeo. La presidencia semestral española se está diluyendo por el agobio de la crisis y por la puesta en marcha de los nuevos mecanismos institucionales de la Unión Europea. ¿Funciona Europa?

    El tratado de Lisboa fue un paso muy importante para que la atención de la Unión Europea pueda concentrarse en las preocupaciones de la gente y en los desafíos del futuro. Las nuevas figuras institucionales están ahora sometidas a prueba. Este es el reto de la presidencia española.

    Estados Unidos ha dejado en suspenso la cumbre con la Unión Europea, que la presidencia española ya daba por hecha. Da la impresión de que Europa está tomando conciencia –de golpe– de que ya no ocupa el centro del mundo. Ustedes los portugueses fueron los primeros grandes cartógrafos del planeta. ¿Cómo ve el atlas?

    Le diría que sin integración europea la situación sería mucho peor para todos nosotros. La integración es hoy el activo más importante del que disponemos los europeos. No tenemos otra alternativa. Y hemos de tener en cuenta que el presidente Obama también está condicionado por sus problemas internos, especialmente por el serio debate que hay en Estados Unidos sobre la reforma del sistema sanitario. Nosotros daremos todo nuestro apoyo a la presidencia española, que, como le decía antes, también está sometida a prueba: es la primera que aplica el tratado de Lisboa.

    Y la prueba ha consistido en tener que desmentir ante los mercados financieros que la situación económica española no es tan grave como la de Grecia. También Portugal ha pasado por ese duro trance.

    Algunas agencias de rating, algunos analistas internacionales y algunos diarios económicos han cometido graves errores de análisis estas últimas semanas. Deberían concentrar su atención en los indicadores objetivos de las economías de Portugal y de España, que son muy distintos de los de Grecia. Es un error meter a los tres países en un mismo saco.

    ¿Cree que ha habido maniobras contra España y Portugal?

    cometido un error intencionado, con el consiguiente perjuicio para Portugal y España. En el momento de su adhesión al euro –lo recuerdo bien–, Grecia ya presentaba una deuda del 100% de su producto interior bruto, deuda que ahora alcanza el 120%. Las estadísticas oficiales de Grecia no son fiables –su propio Gobierno así lo ha reconocido–, de manera que el desequilibrio de sus cuentas públicas es del 12% o el 13%, el doble de lo que se suponía. Nada de eso ocurre en España y en Portugal. La deuda pública española es baja, tan baja como la de Alemania y Francia; y la de Portugal es más baja que la de Bélgica, que la de Italia y, por supuesto, que la de Grecia. Mire, no quisiera utilizar según qué expresiones, pero pienso que ha habido algunas dosis de mala fe.

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  4. -¿Está en riesgo el euro?

    El euro es una realidad fuerte. El euro supera al dólar en varios ámbitos, el volumen mundial de transacciones en euros es superior al comercio en dólares. Los bancos centrales del mundo entero tienen más reservas en dólares, pero como moneda de inversión y de transacción financiera, el euro está a la par del dólar. Por lo tanto, el euro es un gran éxito de la integración europea. ¡Hace veinte años parecía un sueño irrealizable! ¿Quién nos lo iba a decir? El Banco Central Europeo está funcionando bien.

    -¿África y Brasil son el pulmón alternativo de Portugal en el actual momento de dificultad económica?

    No. No son un pulmón alternativo. Los portugueses no consideramos África ni el espacio lusófono como una alternativa a Europa. Portugal es Europa y esa pertenencia refuerza nuestro diálogo privilegiado con los países africanos. La relación con Angola, con Mozambique y con otros países africanos de lengua oficial portuguesa es excelente; excelente. Tenemos intensas relaciones comerciales con esos países, especialmente con Angola, que es una potencia emergente en el África austral. Y la relación con Brasil también es buena.

    -Un español dogmático interpretaría que la comunidad lusófona es una inquietante competencia para la hispanidad

    No creo que deba verse así. Doscientos cincuenta millones de personas de todo el mundo hablan la lengua portuguesa. Ocho países integran esa comunidad. Cinco en África (Angola, Mozambique, Guinea-Bissau, Cabo Verde y Santo Tomé y Príncipe); Portugal, en Europa; Brasil, en América, y Timor, en Asia. Bajo el impulso de Portugal y Brasil esa comunidad se ha fortalecido. Y quisiera subrayar aquí el importante papel que desempeñó en su momento el presidente brasileño José Sarney. Estamos trabajando fuerte en la proyección internacional de la lengua portuguesa.

    -Ambiciona Portugal que su idioma se enseñe en las escuelas españolas?

    Nos gustaría que el portugués formase parte del currículo escolar español, al menos como lengua optativa. En este aspecto recibimos señales positivas desde España, también desde Catalunya. La comunidad portuguesa en España es muy importante y en Catalunya es una comunidad joven, entre cuyos miembros figuran muchos directivos de empresa e investigadores. Los portugueses sentimos una gran admiración por Catalunya, por su historia, por su cultura y por el dinamismo de su sociedad civil.

    -Catalunya también siente simpatía por Portugal. 1640 no es una fecha del todo olvidada...

    De entre todas las comunidades españolas, la que tiene unas relaciones económicas más fuertes con Portugal es Catalunya. La segunda mayor comunidad portuguesa en España está en Catalunya. Por tanto, el Foro Ibérico de Barcelona tiene mucho sentido. Es importante que los empresarios portugueses y que los empresarios españoles –y los empresarios catalanes– entren en contacto y puedan tejer proyectos en común.

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  5. -La península Ibérica ya funciona, enmuybuena medida, como un sistema integrado: dos estados, tres –o cuatro– naciones; una ciudad que quisiera ser el centro de todo, y otramucha gente que piensa en una península policéntrica.

    ¿Me está usted hablando de integración política? La historia de Portugal es más antigua que la historia de España; somos una nación milenaria con fronteras muy bien definidas desde el siglo XIII; tenemos una cultura propia, con una lengua propia, con una identidad muy fuerte. Pienso que hablar ahora de integración política es perder el tiempo.

    -Perdone, presidente, quizá me he expresado mal...

    Creí entender...

    -Me refería a la tensión entre centro y periferia en todo el sistema peninsular.

    Mire, la noción de periferia está muy alterada en el mundo actual. Portugal no es periferia. Lisboa no es periferia. Portugal tiene una estrecha relación con África, con América Latina, especialmente con Brasil, una de las grandes potencias económicas y políticas del futuro. Portugal mira a Asia. Por tanto, Portugal no es periferia. Portugal tiene su centralidad. Tenemos un gran vecino que es España, pero también nos consideramos vecinos de Francia y de Alemania. Y tenemos nuestra vocación atlántica, nuestra fuerte vocación por el Atlántico. Por tanto, creo que debe ser valorada la centralidad de Portugal.

    -España está ahí y es el principal proveedor de Portugal.

    No ignoramos la fuerza de España. España tiene una población cuatro veces superior a la de Portugal. Lo sabemos. Queremos aprovechar todas las potencialidades de un mercado único ibérico en el mercado único europeo. ¿Sabe? Como primer ministro tuve el honor de abrir con Felipe González una nueva etapa de las relaciones entre Portugal y España, dos países que habían vivido mucho tiempo dándose la espalda. Una nueva etapa basada en la cooperación, pero también en el mutuo respeto de la soberanía de cada país. España tiene sus comunidades autónomas y Portugal rechazó esa posibilidad en referéndum, lo cual es una señal muy clara sobre la fortaleza de nuestra identidad étnica, lingüística y cultural. El 60% de los portugueses rechazó la regionalización de Portugal porque la consideraba un invento de los políticos. Madeira y Azores son la única excepción.

    -No le he preguntado sobre la política portuguesa...

    ... Y ha hecho bien, porque no le habría respondido...

    -Pero debo preguntarle si se presentará a la reelección.

    Varios colegas suyos portugueses me han hecho la misma pregunta. Le voy a responder de la misma manera que a ellos. Mis principales preocupaciones son hoy el desempleo en Portugal, la deuda externa y las finanzas públicas; me preocupan los brotes de pobreza; me preocupa la competitividad de mi país..., asunto que me parece que también preocupa en España. Y falta más de un año para que termine el mandato presidencial. Ha sido un placer conversar con usted. Tive muito gosto.

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  6. España somos todos, incluidos Portugal, Andorra, Gibraltar y Languedoch - Rosellón, guste o no.

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